No último fim de semana, fez um ano da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, foram expedidos também mandados de busca e apreensão para toda a família do petista e para o instituto que leva seu nome.
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Naquele dia, foram apreendidos computadores do Instituto Lula , notebooks, celulares, documentos em papel e senhas para arquivos armazenados na nuvem. O mandado também se estendia a dispositivos pessoais do ex-presidente, Marisa Letícia, seus filhos e o tablete do neto de quatro anos foi levado.
Depois de 12 meses desde a apreensão, a Polícia Federal ainda não terminou de examinar todos os objetos recolhidos, e até hoje nenhum dos pertences foi devolvido aos donos ou ao instituto.
Réu
O ex-presidente é alvo de processos da Operação Lava Jato. Nesta terça-feira (7) o juiz Sérgio Moro ouviu depoimento de Jorge Hage Sobrinho, ex-chefe da Controladoria Geral da União, em defesa do petista.
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De acordo com Hage, a lista contra a corrupção foi fortalecida entre 2003 e 2010, período em que Lula estava na presidência. “O que nós tínhamos de combate à corrupção antes de 2003?”, questionou Hage em sua fala.
“Nunca, em momento algum, houve qualquer tipo de interferência do ex-presidente na CGU”, disse. “Ele referendava nossas propostas de combate à corrupção e enviava ao congresso. Eram iniciativas nossas aprovadas por ele”.
Inocência
A equipe do petista publicou em sua página do Facebook uma nota dizendo que não foi comprovado até o momento que as acusações do envolvimento do ex-prefeito em desvio de valores, participação em contratos ou propriedade do tríplex do Guarujá sejam verdadeiras.
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“Após 68 testemunhas, o Ministério Público não apresentou nenhuma prova de envolvimento de Lula em qualquer desvio de valores ocorridos na Petrobras, nem participação dele nos três contratos citados na denúncia, nem provas de que Lula e D. Marisa sejam donos de um apartamento “tríplex” no Guarujá, no qual nunca dormiram ou tiveram as chaves.”, escreveram.