O Palácio do Planalto confirmou nessa segunda-feira (6) os novos líderes do governo no Senado e no Congresso. Romero Jucá (PMDB-RR) e André Moura (PSC-SE) assumem os postos, respectivamente. Agora líder do Senado, Jucá fica com a vaga que era de Aloysio Nunes (PSDB-SP), que foi nomeado pelo presidente Michel Temer como ministro das Relações Internacionais, após a saída de José Serra. Já Andre Moura, que já foi líder do governo Câmara, assume o Congresso, posto deixado por Jucá.
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O Palácio do Planalto oficializou a mudança por meio de uma nota, emitida na noite desta segunda-feira. " Ambos parlamentares somarão esforços no Congresso para promover a votação e aprovação das reformas essenciais para a sociedade brasileira", ressaltou o comunicado, mais uma vez lembrando das propostas de reformas trabalhista e da Previdência, grandes bandeiras de Temer e seus aliados.
Nascido no Recife, Romero Jucá é senador por Roraima pelo terceiro mandato consecutivo. Ele também foi o primeiro governador do Estado de Roraima quando, em 1988, foi indicado para o cargo pelo então presidente José Sarney.
Jucá também foi ministro da Previdência do governo Lula, em 2005, e do Planejamento, em 2016, já sob a presidência de Michel Temer. Amigo pessoal do presidente, ele é considerado nos corredores de Brasília um dos homens mais fortes da política brasileira na atualidade.
Jucá é investigado pela Operação Lava Jato, já tendo sido citado em delação por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki autorizou a abertura de investigação contra o senador.
Em maio de 2016, foi divulgado uma conversa entre Jucá e Sérgio Machado, da Transpetro. Nesses áudios, Jucá sugeriu que "um grande acordo nacional" para colocar Michel Temer na presidência "estancaria a sangria" da Operação Lava-Jato. Jucá também é investigado pela Operação Zelotes.
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Já André Moura, nascido em Salvador, está no seu segundo mandato como deputado federal pelo Sergipe. Chegou a ser líder do governo na Câmara dos Deputados, mas foi substituído em fevereiro deste ano, quando o presidente Michel Temer indicou Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) na função.