O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), apresentou nesta quarta-feira (22) pedido de exoneração ao presidente Michel Temer. A solicitação de desligamento do cargo no governo federal foi motivada por problemas de saúde.
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Na carta entregue ao presidente, Serra diz que faz o pedido “com tristeza”, mas diz que os problemas de saúde, que, segundo ele, são do conhecimento de Temer, o “impedem de manter o ritmo de viagens internacionais inerentes à função de Chanceler”. “Isto sem mencionar as dificuldades para o trabalho do dia a dia. Segundo os médicos, o tempo para restabelecimento adequado é de pelo menos quatro meses.”
O ministro afirmou que “foi motivo de orgulho” integrar a equipe ministerial. Ele foi nomeado para a pasta das Relações Exteriores em maio do ano passado, quando Temer assumiu o Palácio do Planalto, ainda de maneira interina.
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Ainda não há definição de quem será o substituto dele no ministério. Segundo informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, a pasta deverá permanecer sob comando do PSDB e o principal cotado é o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Senado
Com a saída do governo, o agora ex-ministro voltará a ocupar o cargo de senador, mandato para o qual foi eleito em 2014 com aproximadamente 11 milhões de votos. Durante o período em que ficou fora do Senado, sua cadeira foi ocupada pelo primeiro suplente, José Aníbal.
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“No Congresso, honrarei meu mandato de senador trabalhando pela aprovação de projetos que visem à recuperação da economia, ao desenvolvimento social e à consolidação democrática do Brasil ”, acrescentou o tucano na carta ao presidente. No documento, entretanto, ele não informa se retornará imediatamente ao Senado ou se também se manterá licenciado.
Outros cargos
Durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de 1995 a 2002, José Serra ocupou os cargos de ministro do Planejamento e da Saúde. Em 2004, foi eleito prefeito de São Paulo, mandato que abandonou em 2006 para se candidatar, no mesmo ano, a governador do Estado, cargo para o qual foi eleito em primeiro turno. Em 2010, renunciou ao governo paulista para se candidatar a presidente, tendo sido derrotado pela petista Dilma Rousseff.