Marqueteiro João Santana trabalhou nas campanhas da ex-presidente Dilma (2010 e 2014) e do ex-presidente Lula (2006)
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Marqueteiro João Santana trabalhou nas campanhas da ex-presidente Dilma (2010 e 2014) e do ex-presidente Lula (2006)

Após voltar ao trabalho , o juiz federal Sérgio Moro condenou nesta quinta-feira (2) o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, a oito anos e quatro meses de prisão por crimes de lavagem de dinheiro. O casal trabalhou nas campanhas de Lula e Dilma em 2006, 2010 e 2014 e foi alvo da Operação Lava Jato.

Foram condenados também, além de João Santana e a mulher, o engenheiro Zwi Skornicki, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente geral da área internacional da Petrobras, Eduardo Musa e o ex-diretor presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Zwi Skornicki transferiu recursos para Mônica Moura e o marido por meio de contas no exterior em nome de offshores não declaradas às autoridades brasileiras, de forma a dificultar ainda mais a identificação da operação ilícita e de seus titulares. O fato caracterizou o crime de lavagem de dinheiro.

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A denúncia aponta a transferência de US$ 4,5 milhões ao casal por crimes cometidos diretamente contra a Petrobras. Esse valor correspondia a um montante maior destinado ao PT em decorrência da participação no esquema instaurado.

Prisão preventiva

O casal de marqueteiros já havia ficado na prisão, preventivamente, por cinco meses.  Eles deixaram a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba no dia 1º de agosto de 2016 após pagamento de R$ 31,4 milhões em fiança.

Além da fiança milionária, o juiz Sérgio Moro obrigou o casal a entregar seus passaportes, proibindo ambos de deixarem o País, e vetou que atuem direta ou indiretamente em qualquer campanha para cargo público no Brasil, até nova deliberação de juízo.

Na decisão em que autorizou a saída do casal da carceragem, Moro afirmou que, "nesta fase processual, após cinco meses de prisão cautelar, com a instrução das duas ações penais próximas ao fim e com a intenção manifestada por ambos os acusados de esclarecer os fatos, reputo não mais absolutamente necessária a manutenção da prisão preventiva, sendo viável substitui-la por medidas cautelares alternativas".

Segundo a investigação, o dinheiro recebido por Mônica e João Santana teria sido usado para bancar campanhas eleitorais nas quais o casal atuou entre 2012 e 2014.

*Com informações da Agência Brasil

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