Renan Calheiros (PMDB-AL) está prestes a ser substituído na presidência do Senado. A eleição de seu sucessor, que acontece na tarde desta quarta-feira (1º), está marcada para as 16h
e, por enquanto, conta com apenas dois candidatos: os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e José Medeiros (PSD-MT). Conheça um pouco mais sobre cada um deles:
Eunício Oliveira: preferido, mas sem planos
Favorito para ficar com a vaga, o peemedebista conta com o apoio de seus correligionários – o PMDB tem 19 senadores – e de partidos da base aliada. Tradicionalmente, o partido com a maior bancada da Casa consegue conquistar a presidência .
Líder do PMDB, Eunício é senador desde 2011. Antes, havia sido deputado federal em três legislaturas (de 1999 a 2010). Na Câmara, ele foi líder do PMDB entre 2003 e 2004 e vice-líder do partido em diversas oportunidades. Em 2004, foi ministro das Comunicações, cargo que ocupou até 2005.
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Além disso, Eunício Oliveira é o segundo parlamentar mais rico do Senado. Apenas o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tem patrimônio declarado maior do que o do líder peemedebista, que declarou um patrimônio de R$ 99 milhões em 2014.
Eunício ainda não lançou oficialmente a campanha para presidente do Senado. Ou seja, ele ainda não tem uma plataforma e não se pronunciou sobre o que deseja fazer se assumir o cargo, derrotando o candidato do PSD.
José Medeiros: bombástico, mas "pela democracia"
O anúncio da candidatura de José Medeiros foi feito no dia 19 de janeiro, mesmo dia do acidente que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Naquele dia, Medeiros chamou mais atenção por uma postagem no Twitter do que pelo anúncio da candidatura.
Ele soube, em primeira mão, que Teori poderia estar entre as vítimas do acidente e publicou o seguinte: “Não vou antecipar furo porque não sou jornalista, mas o Jornal Nacional hoje trará uma bomba de forte impacto no Brasil, envolvendo o STF”. Horas depois, a morte do ministro foi confirmada.
Não vou antecipar furo porque não sou jornalista mas o jornal nacional hj trará uma bomba de forte impacto no Brasil, envolvendo STF.
— JOSÉ MEDEIROS (@JoseMedeirosMT) January 19, 2017
Se o dia do anúncio da candidatura foi bombástico, o mesmo não se pode dizer da candidatura em si. Sem o apoio da maioria dos senadores, Medeiros faz campanha pela democracia.
“Um grupo de senadores colocou uma candidatura à presidência do Senado porque só tinha uma. A gente sente que o anseio das ruas é que o Senado seja radicalmente democrático. E para fazer democracia é preciso fazer uma eleição”, afirmou em vídeo publicado na sua página do Facebook.
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Medeiros tem uma curta trajetória no Senado. Ele era suplente do então senador Pedro Taques e chegou à Casa depois que o titular venceu a disputa para o governo de Mato Grosso, em 2015.
No ano passado, depois que Temer assumiu a presidência da República, Medeiros se tornou vice-líder do governo na Casa. Entre as comissões que o senador participou está a do impeachment de Dilma Rousseff.
* Com informações da Agência Brasil.