O Senado definirá, nesta quarta-feira (1º) quem será o novo presidente da Casa pelos próximos dois anos. Até a manhã desta quarta, apenas dois senadores se candidataram à vaga, um do PMDB e outro do PSD. As candidaturas precisam ser registradas perante a Secretaria Geral da Mesa até o início da sessão de eleição.
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Os candidatos à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) são os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e José Medeiros (PSD-MT). Líder do PMDB, Eunício foi indicado pela sua bancada, que é a maior da Casa. Medeiros, que é vice-líder do governo, aposta no sigilo do voto para ganhar o apoio de dissidentes.
A votação está marcada para as 16h e, a poucas horas da definição, alguns partidos, entre os quais o PT, se reunirão ainda na manhã desta quarta para decidir quem apoiarão na disputa.
Tradicionalmente, o partido com a maior bancada fica com a presidência, mas são comuns candidaturas alternativas. Eunício foi escolhido como indicação do PMDB numa reunião dos senadores do partido nesta terça-feira (31). Ele está no primeiro mandato, é senador desde 2011. Antes, foi deputado federal e ministro das Comunicações durante o governo Lula.
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O presidente do Senado, Renan Calheiros, elogiou a indicação do peemedebista e disse ter certeza de que o colega, se eleito, fará um bom mandato. "O Eunício tem experiência, liderança e espírito público. Saberá conduzir o Senado neste momento particularmente muito difícil da vida nacional", afirmou.
"Uma candidatura única seria mal compreendida"
O senador José Medeiros foi eleito em 2010, como suplente de Pedro Taques, e assumiu o mandato em 2015 quando o titular tornou-se governador do Mato Grosso. Ele iniciou sua atuação parlamentar no PPS, mas migrou para o PSD no início de 2016.
Medeiros organizou uma reunião aberta na última terça-feira (31), para a qual convidou todos os senadores que tivessem interesse em ouvir suas propostas ou em sugerir mudanças na condução do Senado. Ele afirmou que decidiu lançar seu nome à presidência para gerar debate em torno da eleição e do cargo.
"Neste momento político fragilizado, uma candidatura única seria mal compreendida pela sociedade brasileira. Um grupo de senadores entendeu que era preciso ter mais de uma", disse.
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Apesar de não divulgar os nomes dos senadores que o apoiam, Medeiros afirmou que já conta com “quase 30 votos”. "O voto é secreto, e os senadores ficam protegidos de retaliações. Muitos não estão acompanhando suas bancadas. Estamos em tempos diferentes do normal, e não se surpreendam se este grupo for o vencedor nas eleições".