Empresa é acusada pela força-tarefa da Lava Jato de pagar propina para funcionários da Petrobras para fechar contratos
Divulgação/ Rolls-Royce
Empresa é acusada pela força-tarefa da Lava Jato de pagar propina para funcionários da Petrobras para fechar contratos

O Ministério Público Federal (MPF) confirmou, nesta terça-feira (17), que firmou acordo de leniência com a empresa britânica Rolls-Royce, investigada pela Operação Lava Jato. O acordo prevê o pagamento, pela empresa, de mais de R$ 81.183.700,00, que serão integralmente destinados ao ressarcimento dos prejuízos causados à Petrobras. 

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A empresa é acusada pela força-tarefa da Operação Lava Jato de pagar propina para funcionários da Petrobras para fechar contrato de fornecimento de turbinas de geração de energia para plataformas de petróleo.

Além do ressarcimento dos prejuízos da Petrobras e da colaboração com as investigações, o acordo estabelece mecanismos destinados a assegurar a adequação e a efetividade das práticas de integridade da empresa, com o aprimoramento de seus programas de compliance.

Colaboração

A empresa Rolls-Royce entregou ao MPF, ainda no início de 2015, e espontaneamente, os resultados de investigação interna promovida por escritório especializado, colocando-se à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos e indicando seu interesse em arcar com sua responsabilidade.

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Segundo o procurador da República Paulo Roberto Galvão, membro da força-tarefa da operação Lava Jato, “esse é o comportamento adequado de pessoas jurídicas que implantaram programas efetivos de integridade: ao invés de negarem os fatos e adotarem medidas para obstruir as investigações, espera-se que essas empresas promovam suas próprias investigações, forneçam todas as provas às autoridades sem restrições e busquem ressarcir todos os prejuízos causados", afirmou. 

"Com isso, as empresas conseguem, além de solucionar pendências com a Justiça, demonstrar que estão realmente dispostas a manter suas operações sem a prática nefasta da corrupção. Esperamos que esse comportamento também seja um legado da Lava Jato para um ambiente de negócios mais saudável no País”, completa o procurador.

O acordo firmado com o MPF é parte de um acordo global, firmado concomitantemente no Brasil e nos países que são sede da empresa, Estados Unidos e Reino Unido. A empresa relatou às autoridades desses países detalhes sobre pagamentos feitos a intermediários em outros onze países, além do Brasil.

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De acordo com Orlando Martello, procurador da República e membro da força-tarefa da Lava Jato, “isso decorre do elevado grau de maturidade das cooperações internacionais e reflete a credibilidade que as autoridades brasileiras responsáveis pelo combate à corrupção ganharam no cenário mundial, em padrões de qualidade equivalente ao dos principais órgãos análogos no exterior ”.

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