A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, negou pedido de liberdade feito pela defesa do ex-tesoureiro do Partido Progressista (PP) João Claudio Genu. Condenado a mais de oito anos de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro em um dos processos da Operação Lava Jato, Genu está preso preventivamente desde maio do ano passado em Curitiba.
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De acordo com a decisão da ministra, não houve nenhuma ilegalidade na decisão da segunda instância da Justiça Federal que negou o mesmo pedido feito pelos advogados de Genu
ao STJ.
“Sobressai, a olhos vistos, a gravidade concreta das condutas pelas quais o ora paciente foi condenado, a justificar a prisão preventiva para a garantia da ordem pública”, decidiu a ministra.
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De acordo com as investigações da Lava Jato, Genu era um dos beneficiários e articuladores do esquema de desvio de recursos da Petrobras, recebendo um percentual fixo da propina destinada ao PP.
Quem é João Claudio Genu?
Ex-assessor do ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, e tesoureiro do Partido Progressista, Genu foi denunciado na Ação Penal 470 do STF (mensalão), acusado de sacar cerca de R$ 1,1 milhão de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista.
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Ele foi condenado a oito anos e oito meses de prisão em dezembro do ano passado, por onze crimes de corrupção passiva e associação criminosa. De acordo Moro, responsável pelos processos, "a propina paga a João Cláudio de Carvalho Genu foi de pelo menos R$ 3,1 milhão". A vantagem indevida do ex-teroureiro do PP foi acertada em contratos da Petrobras com a diretoria de Abastecimento, segundo Moro.
Genu chegou a ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, em 2012, mas nunca cumpriu a pena, pois a condenação para um de seus crimes prescreveu e ele acabou sendo absolvido de outro crime ao recorrer da sentença na Corte.
* Com informações da Agência Brasil.