"Vou pedir demissão amanhã", diz primeiro-ministro da França, Gabriel Attal

Fala vem após resultados de pesquisas da votação para Assembleia Nacional, que escolhe primeiro-ministro

Gabriel Attal, primeiro-ministro da França
Foto: LUDOVIC MARIN / AFP
Gabriel Attal, primeiro-ministro da França


Gabriel Attal , atual primeiro-ministro da França, informou que apresentará um pedido de demissão na segunda-feira, 8. A decisão vem após os resultados de boca de urna das votações para Assembleia Nacional.

As pesquisas mostram que o bloco de esquerda Nova Frente Popular tem maioria de assentos do Parlamento, seguido pelo partido de Macron. O partido de extrema direita ficou na lanterna.

Pedidos de demissão do cargo não são a norma na França. Porém, com o partido de Attal e Macron não tendo a maioria das cadeiras do Parlamento, parece a definição da decisão do primeiro-ministro. 

Resultados da votação na França

Attal, no entanto, viu como positivo o resultado da votação. Os partidos de centro e esquerda se uniram diplomaticamente após os resultados do primeiro turno para impedir a extrema-direita de vencer as eleições.

Para Attal, o resultado mostrou que “os riscos "foram afastados pelos franceses". "Nenhuma maioria absoluta poderá ser conduzida pelos extremos. Devemos isso ao espírito francês ancorado nos valores da república.”


Pedido de demissão para Macron

Attal ainda viu o resultado das eleições de maneira bastante positiva - o partido do centro termina com um número de cadeiras bem maior que o projetado.

"Estamos em pé com três vezes mais deputados do que davam algumas estimativa no começo da campanha.”

"Ser primeiro-ministro é a honra da minha vida. A formação política que representei nessa campanha, mesmo tendo realizado um resultado três vezes maior do que o que era previsto, não tem uma maioria. De acordo com meus princípios, vou entregar amanhã de manhã minha demissão ao presidente da República. [...] Assumo minhas funções enquanto meu dever exigir. Essa noite uma nova era para nossa nação começa." Ele disse que respeita a escolha dos franceses.