Na lanterna das votações, extrema-direita lamenta França 'jogada nos braços da esquerda'

Jordan Bardella, líder do RN, comentou sobre o resultado de boca de urna do segundo turno de eleições da França e lamenta acordos entre centro e esquerda

Jordan Bardella, um dos líderes da extrema direita na França
Foto: Wikicommons / Parlamento Francês
Jordan Bardella, um dos líderes da extrema direita na França


Jordan Bardella, líder do Reunião Nacional (RN), partido de extrema-direita, comentou hoje que a França foi “jogada aos braços da esquerda”. O país passa neste domingo, 7, pelo segundo turno das eleições legislativas; resultados serão divulgados amanhã, segunda. 

As pesquisas de boca de urna, porém, mostram RN na lanterna da principal disputa. Conforme pesquisa da Ipsos-Talan, a coalização de esquerda Nova Frente Popular disparou com 192 vagas no parlamento. O partido de Macron vem na sequência com 170 assentos e RN fecha com 152.

Bardella mostrou-se decepcionado com os resultados eleitorais e coalizões e acordos entre os outros partidos. Para ele, isso jogou o país nos braços de Mélenchon, líder da esquerda. Chamou um provável acordo entre esquerda e centro de “aliança da desonra.”

Marine Le Pen , nome forte do RN, porém, parece menos insegura. Ela disse que a vitória da direita foi “apenas adiada.”

Assentos do parlamento

A Assembleia Nacional, uma das câmaras do parlamento e alvo das votações reccentes, tem 577 cadeiras. É necessário juntar 289 para formar a maioria que definirá o primeiro-ministro.

Embora nem os partidos de esquerda, nem os de centro, tenham a maioria absoluta, a ideia mostrada durante as eleições era não permitir a vitória da direita para poderem, entre eles, escolherem o primeiro-ministro.

Extrema-direita perde terreno na França

O primeiro turno de votações prometeu outro cenário. O RN recebeu 33% dos votos, a maioria. Foram cinco pontos percentuais a mais que o NFP, de esquerda. Macron teve apenas 20%.

Diante dos resultados, os partidos de centro e esquerda fizeram acordos para se unir e conseguirem volume maior de votação. Algumas das ações incluíram retirada de candidaturas para acúmulo de votos; mais de 200 candidatos se retiraram.