
Em 7 de maio, uma morte ocorreu no bairro Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, transformando Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, uma vítima. O aposentado foi baleado na cabeça pelo sargento Roberto Marcio de Oliveira, da Força Tática da Polícia Militar, enquanto caminhava para a farmácia.
O caso se desenrolou durante uma perseguição policial a dois suspeitos em uma moto. Quatro policiais militares participaram da ação. Às 16h10, o sargento Oliveira disparou sua arma de dentro da viatura, atingindo inadvertidamente Clóvis.
Dois minutos após o disparo, os PMs perceberam o erro. Às 16h11, os policiais desceram da viatura e revistaram os suspeitos, e, às 16h12, descobriram que Clóvis havia sido atingido.
Às 16h19, os bombeiros chegaram ao local para prestar socorro, mas às 16h37, o óbito de Clóvis foi constatado após tentativas de ressuscitação.
Inicialmente, o sargento Roberto Marcio de Oliveira alegou que o tiro foi acidental. Entretanto, especialistas, como Bruno Langeani, apontaram vários erros procedimentais na abordagem.
A Justiça Militar se declarou incompetente para julgar o caso, que foi transferido para a Justiça comum. As falhas no protocolo e o dolo eventual na ação do sargento foram destacados.
A Polícia Militar não comunicou imediatamente a Polícia Civil, nem registrou um boletim de ocorrência. A investigação inicial foi conduzida dentro do próprio quartel, um procedimento considerado irregular.
A Associação dos Delegados de Polícia criticou a condução do caso pela PM, ressaltando a necessidade de uma investigação imparcial. O sargento Roberto Marcio de Oliveira foi preso preventivamente.
O Ministério Público e a Justiça Militar estão analisando o caso, enquanto a Polícia Civil também conduz uma investigação após a família de Clóvis registrar um boletim de ocorrência.
Câmeras corporais dos policiais registraram o episódio, mas parte do vídeo está sem áudio, levantando questões sobre o equipamento de gravação. A Secretaria de Segurança Pública investiga essa falha.
Um helicóptero Águia foi acionado, mas não utilizado no socorro. A SSP e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão envolvidos na investigação, com acompanhamento do Ministério Público.
Veja o vídeo:
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