A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira (18) o influenciador fitness Renato Cariani por tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Cariani e os outros investigados continuam em liberdade. No dia seguinte à operação, o Ministério Público pediu que a Justiça reconsiderasse a decisão que indeferiu os pedidos de prisão. Nesta segunda (18), a Justiça voltou a negar os pedidos.
Desdobramentos da investigação
Cariani estava acompanhado do advogado quando prestou depoimento na sede da Polícia Federal, na zona Oeste de São Paulo, nesta segunda-feira (18).
Outras duas pessoas que teriam um papel importante no esquema, a sócia do influenciador, Roseli Dorth, e o amigo dele, Fábio Spinola, também eram aguardadas para prestar depoimento.
Roseli Dorth, de 71 anos, é apontada como sócia-administrativa da indústria química Anidrol, de Cariani, localizada em Diadema, na Grande São Paulo. Sua defesa pediu o adiamento do depoimento com a justificativa de que não teve acesso ao processo.
Roseli estava supostamente envolvida em diversas transações suspeitas que são investigadas pela Polícia Civil de São Paulo. A investigação aponta que ela e Cariani faziam a venda dos produtos químicos que seriam destinados para a produção de crack.
Fábio Spinola, até então amigo de Cariani, estaria envolvido nesse núcleo. Ele também seria o responsável pela venda dos produtos químicos.
Fábio é apontado como intermediador no fornecimento das substâncias, sendo o elo entre a empresa e os compradores de crack e cocaína. Era ele quem direcionava e negociava a entrega.
A Polícia Federal também investiga outras pessoas que ficavam responsáveis por ocultar os reais beneficiários do esquema.