Jair Renan e Maciel Carvalho
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Jair Renan e Maciel Carvalho

O depoimento de Diego Pupe, ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro, à Polícia Civil do Distrito Federal foi adiado e não tem data definida até o momento. Ele seria interrogado para esclarecer as relações entre a empresa que pertenceu ao filho "04" do ex-presidente e que hoje está no nome do proprietário de um "clube de tiro" suspeito de praticar atividades ilegais.

O depoimento de Pupe estava marcado para esta sexta-feira (25), às 14h, em Brasília. O adiamento ocorreu porque, na avaliação dos investigadores, é necessário esperar o avanço das investigações antes de prosseguir com o depoimento.

A operação recente teve como alvo principal Maciel Alves de Carvalho , que está sendo acusado de participação em diversos crimes. Maciel é amigo e instrutor de tiro de Jair Renan, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi detido na manhã de quinta-feira (24).

Maciel também tentou obter, sem sucesso, um segundo RG
Reprodução/Facebook
Maciel também tentou obter, sem sucesso, um segundo RG

Maciel Carvalho foi alvo das operações " Succedere" e "Falso Coach" . A primeira suspeita de crimes tributários com emissão ilegal de notas fiscais. A segunda por uso de documentos falsos para registros e negócios de armas, bem como cursos de tiro através de uma empresa em nome de um "laranja". Maciel também tentou obter, sem sucesso, um segundo RG.

"A investigação identificou uma associação criminosa que utiliza a estratégia de inserir um terceiro, conhecido como 'testa de ferro' ou 'laranja', para ocultar a verdadeira propriedade das empresas fictícias ou 'fantasmas' usadas pelo alvo principal e seus colaboradores", informou por meio de nota a Polícia Civil. 

A suspeita central das investigações gira em torno do uso do clube de tiro como uma fachada para atividades ilegais, particularmente a compra e venda de armas de maneira ilegal.

Até o momento a investigação suspeita da existência de uma associação criminosa relacionada a empresas registradas no nome de Marco Aurelio Rodrigues, este nome é apontado pela polícia como um "laranja" no esquema. As informações sobre este nome ainda não estão claras.

Marco Aurelio Rodrigues é proprietário da Academia de Tiro 357 , cujo capital social é de R$ 3,5 milhões, e também da RB Eventos e Mídia LTDA , com um capital social de R$ 105 mil. A RB Eventos já pertenceu ao filho 04 do ex-presidente.

A empresa de eventos pertencia a Jair Renan até março de 2023, quando foi transferida para Marco Aurelio Rodrigues, por razões ainda desconhecidas. Já a Academia de Tiro 357 foi criada em 2011 e transferida para o nome de Marco Aurelio em 2021. O que mais chama a atenção dos investigadores é o valor do capital social do clube de tiro e a relação entre os envolvidos. 

A defesa de Jair Renan afirmou que ele está surpreso com a operação, mas se mantém tranquilo diante dos acontecimentos. O advogado de Maciel Alves informou que ainda não teve acesso ao processo.

Cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão foram realizados ontem:
- Jair Renan transferiu sua empresa de eventos a RB Eventos para o dono da Academia de Tiro 357
- Maciel Carvalho , amigo e instrutor de tiro de Jair Renan (preso preventivamente)
- Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos , é o proprietário do clube de tiro e da RB Eventos; polícia suspeita de ser "laranja" no esquema
- Eduardo Alves dos Santos é investigado por "testa de ferro" mas está foragido

O ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro Diego Pupe havia sido intimado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para depor hoje por ter atuado como funcionário da empresa BR Eventos, dentro de um camarote no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. As investigações buscam saber mais informações sobre a relação dos envolvidos.

Resumo do caso
Jair Renan Bolsonaro era o proprietário dessa empresa, que hoje pertence a Marco Aurélio Rodrigues (suposto laranja). Tanto Jair Renan quanto Diego frequentavam a academia de tiro 357, que está sob investigação da PCDF. Maciel Carvalho, o proprietário do clube de tiros, foi detido. As autoridades acreditam que Marco Aurélio teria atuado como um "testa de ferro", tendo seu nome usado supostamente para ocultar dos "verdadeiros proprietários" e que ele também tenha relação com Maciel Carvalho e Eduardo Alves dos Santos.

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