O delegado da Polícia Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres terá que devolver os salários recebidos durante o período em que esteve preso. Com vencimentos de R$ 30 mil mensais, Torres ficou 117 dias preso no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar, em Brasília, por omissão nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
Torres foi ministro da justiça no governo Bolsonaro e era o secretário da Segurança Pública do Distrito Federal durante a invasão que destruiu a Esplanada dos Ministérios.
A decisão utiliza as normas técnicas do Ministério do Planejamento, que determina que servidores federais não podem receber remuneração quando presos de maneira preventiva ou temporária por estarem afastados de suas funções. Porém, caso Torres seja absolvido, a remuneração será restituída.
O ex-ministro ainda responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Polícia Federal. O processo investiga se o delegado cometeu ilegalidades como servidor público e pode terminar com a expulsão do mesmo da corporação.
Anderson Torres responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na PF que investiga possíveis ilegalidades cometidas como servidor público. Ainda não há definição de como os valores serão restituídos à corporação ou a partir de quando devem ser descontados dos seus contracheques.