Osil Guedes era dono de uma empresa de reciclagem e ex-PM expulso por suspeita de ligação com grupo de extermínio
Reprodução - 08.05.2023
Osil Guedes era dono de uma empresa de reciclagem e ex-PM expulso por suspeita de ligação com grupo de extermínio

O homem que foi linchado e morreu no Guarujá, no litoral sul de São Paulo, na semana passada, Osil Vicente Guedes , 49 anos, prestou serviço na Polícia Militar de Pernambuco e foi preso no estado em 2008, sob acusação de fazer parte de um grupo envolvido em assassinatos e fazer parte de "grupo de extermínio" formado por policiais militares no estado. .

A investigação da morte do comerciante está sendo conduzida pela Polícia Civil do Guarujá, que descarta qualquer relação entre o crime ocorrido e o histórico de Osil na polícia pernambucana.

Nascido em Recife, Osil era soldado da Companhia Independente de Policiamento com Motocicleta (CIPMoto) e foi um dos 53 alvos da Operação Guararapes, realizada em 2005 para desmantelar um grupo de extermínio que cobrava até R$ 600 por cada assassinato.

  • Ele foi libertado em setembro de 2010

De acordo com as investigações da época, a quadrilha era responsável pela morte de 36 pessoas, em casos relacionados a queima de arquivo, desentendimentos ou vinganças.

A Polícia Civil de São Paulo já identificou três pessoas como supostos autores do linchamento.

Os suspeitos são Douglas William Santos da Silva, de 35 anos; Ailton Lima dos Santos, de 29 anos; e Diego Carlos Moreira, de 43 anos. Todos têm registros criminais anteriores.

A versão inicial de que o comerciante teria sido agredido devido a uma notícia falsa, acusado erroneamente de roubar uma moto, foi descartada pela polícia.

  • Os celulares da ex-companheira de Osil, a psicóloga Vanessa Regina Benedito de Almeida, foram apreendidos.

O relacionamento entre os dois havia terminado cerca de dois meses antes.

A polícia revelou que Douglas, um dos agressores que já teve a prisão decretada pela Justiça, é cunhado do ex-marido de Vanessa , com quem ela se relacionou antes de se envolver com o comerciante.

Essa nova informação reforça a suspeita da família de Osil de que a psicóloga estaria envolvida nas agressões contra ele. Um dia antes de ser linchado, o comerciante já havia sido agredido pelo mesmo grupo que o espancou, como ele relatou em um áudio enviado a um parente no dia 3 de maio.

Nesse áudio, Osil mencionou que havia ido à casa de Vanessa e que eles haviam tido um desentendimento, resultando na convocação de traficantes para agredi-lo. 

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