Uma mãe descobriu, seis anos após o parto, que a filha que cria não é biológica. O caso aconteceu no Distrito Federal e veio à tona agora, depois que a mulher precisou fazer um exame de DNA.
Como conta o G1, essa é a história da dona de casa Geruza Ferreira, que deu à luz a uma menina no Hospital Regional de Planaltina. Ela acredita que houve uma troca de bebês na maternidade.
"Foi um crime o que fizeram, comigo e com a outra família. A menor que está comigo eu sei que está sendo bem cuidada, tem amor. E a outra? Onde e como está? Como está sendo tratada? Ás vezes, eu nem durmo a noite, pensando", disse a mulher ao G1 DF.
De acordo com a publicação, o governo local nega que tenha havido troca de bebês no hospital. Mas, para a Justiça, a troca ficou comprovada e Geruza deve ser indenizada em R$ 300 mil por danos morais. A Procuradoria-Geral do DF recorreu da decisão.
A descoberta foi impulsionada pelo homem que Geruza pensava ser o pai de sua filha. Os dois tiveram uma relação entre 2010 e 2013, mas terminaram no final da gravidez. O homem registrou a criança e, nos primeiros anos de vida dela, contribuiu financeiramente, mas sem manter contato próximo. Até que, no ano passado, a dona de casa descobriu que o ex-companheiro movia um processo pedindo a exclusão do nome dele do registro da criança, sob o argumento de que um exame de DNA comprovou que a menina não era filha dela.
Diante disso, a própria Geruza fez um exame para comparar seu sangue com o da menina e descobriu não ser a mãe biológica dela. A mulher lembrou que, desde que chegou em casa com a bebê após sair da maternidade, seus vizinhos comentavam que ela tinha a pele "muito escura" se comparada aos pais.
Com isso, ela foi à Justiça brigar por uma indenização. A família ainda registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, onde o caso também é investigado.