Matheus Ribeiro contou ao Fantástico que pediu nota fiscal do veículo, mas vendedor alegou que o primeiro dono estava viajando
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Matheus Ribeiro contou ao Fantástico que pediu nota fiscal do veículo, mas vendedor alegou que o primeiro dono estava viajando

Numa reportagem sobre racismo no Fantástico, da TV Globo, o instrutor de surfe Matheus Ribeiro disse que não sabia que a bicicleta elétrica que havia comprado num site era furtada. O veículo já foi periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, da Polícia Civil, e devolvido ao proprietário. O rapaz procurou a delegacia do Leblon após ser abordado no último dia 12 por Tomás Oliveira e Mariana Spinelli, que havia tido uma bicicleta parecida com a comprada por ele furtada minutos antes .

"A gente nunca faria uma coisa desse tipo. Assim como a gente está lutando para brigar pela nossa inocência, que a gente não roubou uma bicicleta que é que foi o que aconteceu no momento passado, a gente também está dizendo a verdade agora. Se fosse uma bicicleta que a gente soubesse que foi roubada, a gente não compraria", disse o rapaz ao Fantástico.

Matheus contou à polícia que comprou a bicicleta por R$ 3.600 num site que vende produtos usados. Ele pagou com o cartão de crédito da namorada. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o crime de receptação.

Denúncia de racismo

Ao Fantástico, Matheus disse que pediu ao vendedor a nota fiscal:

"Então, a gente acabava sempre cobrando a nota fiscal." Depois, ele disse: “O cara ainda está viajando, eu não tenho contato com o primeiro dono ainda, ele está viajando, está viajando”. E esse foi o desfecho.

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Sobre o fato de a chave da bicicleta não ser original, a namorada de Matheus, Maria Elisa Sales Faes, disse que não reparou na peça porque nunca tinha tido uma bicicleta elétrica.

"A gente pensou até que o dono pudesse ter perdido a original e ter feito alguma cópia", afirmou Matheus.

Em outro registro na delegacia do Leblon, o rapaz consta como vítima de um suposto crime de calúnia cometido por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira. O casal é acusado de racismo pelo professor de surfe por tê-lo interpelado na porta do Shopping Leblon. Na ocasião, eles haviam acabado de ter a bicicleta elétrica, idêntica à de Matheus, furtada.

Em depoimento, Matheus disse acreditar que o fato só tenha acontecido por ele ser negro . Ele negou que tenham havido ofensas expressas de caráter racial, mas disse ter se sentido triste, indignado e com raiva porque Mariana e Tomás já chegaram o acusando do furto e, em momento algum, disseram que tinham acabado de ser vítimas de um crime.


Já o casal afirmou que não abordou Matheus “em razão da cor da pele” do jovem e disse que teriam o mesmo comportamento caso de tratasse de uma pessoa branca. A defesa disse ao Fantástico que o casal lamenta o mal-entendido. Na semana passada, Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, foi preso sob suspeita do furto da bicicleta de Mariana e Tomás. A polícia obteve imagens que mostram Igor cortando a tranca da bicicleta.

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