Blindado da Polícia Civil na Maré, nesta terça-feira
Fabiano Rocha / Agência O Globo
Blindado da Polícia Civil na Maré, nesta terça-feira

De acordo com a Civil, o tiroteio começou quando agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) tiveram uma pane no veículo blindado justamente enquanto deixavam a Maré . Segundo a nota da corporação, bandidos da localidade teriam aproveitado o momento para realizar uma emboscada contra os policiais.

Entre os procurados da Operação Gota D’Água estavam homens apontados como os assassinos do menino Leônidas Augusto da Silva de Oliveira, de 12 anos, baleado no último dia 10, na Avenida Brasil, na altura da Favela Nova Holanda, em Bonsucesso. A polícia também estava atrás de suspeitos de um assalto a um depósito do Grupo Pão de Açúcar, em Duque de Caxias, na Baixada, em junho — na ocasião, dois vigilantes foram mortos. Em nota enviada na noite desta terça-feira (27), a Polícia Civil afirmou que o objetivo da ação era “prender acusados de participação em cerca de 70 grandes crimes, entre homicídios e assaltos, ocorridos nos últimos três anos, totalizando mais de R$ 200 milhões de prejuízos”.

No balanço da operação, a polícia prendeu 21 pessoas; apreendeu fuzis, granadas, silenciadores, grande quantidade de drogas e material para embalar os entorpecentes; e recuperou dezenas de motos e carros roubados. Foi descoberto ainda um depósito clandestino com 30 toneladas de produtos falsificados, como brinquedos, avaliados em R$ 20 milhões. Sobre as denúncias nas redes sociais de que casas de moradores teriam sido invadidas, a Civil afirmou que a corregedoria “está à disposição para receber qualquer denúncia”.

Na Mangueira, um suspeito morto

Também na manhã desta terça-feira, 27, equipes do Batalhão de Operações Especiais ( Bope ) fizeram uma operação no Morro da Mangueira, na Zona Norte, e moradores relataram intensos tiroteios. Uma pessoa, tratada como suspeita pela Polícia Militar, morreu. Com ela, segundo a corporação, foi apreendido um fuzil.

Em outro ponto da comunidade, três pessoas apontadas como lideranças criminosas locais foram presas. Com elas, de acordo com a PM, foram apreendidas uma pistola e drogas.

Segundo a corporação , a ação na Mangueira buscava coibir movimentações criminosas na comunidade e verificar denúncias de locais usados como esconderijos para traficantes , armas e drogas.

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Houve confronto também no Morro dos Macacos , em Vila Isabel. Na manhã desta terça-feira, de acordo com a PM, agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade verificavam uma denúncia quando foram atacados a tiros. Não houve prisões, apreensões e relatos de feridos.

Já no Morro da Serrinha , em Madureira , a Polícia Militar realizou uma operação para retirar barricadas e checar denúncias, também na manhã de ontem. Segundo a PM, na ação, houve uma prisão e apreensão de uma pistola, um radiotransmissor, dinheiro em espécie e drogas.

Na Baixada, mais um ferido em confronto

Nesta terça-feira, 27, houve operação também na Baixada Fluminense, no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias. Segundo a PM, uma pessoa ficou ferida e foi levada para o Hospital Municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo, na mesma cidade. Ainda de acordo com a corporação, um suspeito foi preso na ação, que apreendeu drogas e uma submetralhadora .

Na segunda-feira, 26, no Complexo do Lins, também na Zona Norte do Rio, um confronto entre PMs e traficantes deixou dois mortos. Adriano dos Santos Passos, conhecido como Adriano Mad Bull, de 35 anos, e Marcos Vinícius Galdino da Conceição, conhecido como Basquete, de 29, chegaram a ser levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiram aos ferimentos. Juntos, eles somavam 45 passagens pela polícia.

Segundo a Polícia Militar, agentes da UPP da comunidade foram atacados a tiros por criminosos durante um policiamento na Rua Jupi, no fim da tarde de segunda-feira, 26. De acordo com a corporação, durante o confronto, os dois suspeitos foram feridos. Duas pistolas, drogas e um radiotransmissor foram apreendidos. Em protesto, moradores arremessaram objetos contra as equipes da PM quando elas deixavam a comunidade.


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