Pelo menos 20 farmácias que seriam utilizadas pela milícia são alvos de mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (21) no Rio de Janeiro. Os estabelecimentos, segundo a Polícia Civil, são usados para lavar o dinheiro do grupo paramilitar que atuam principalmente nas Zonas Oeste e Norte.
Um dos alvos é um endereço em Madureira e duas grandes redes de drogarias que são de Campo Grande. O Conselho Regional de Farmácia (CRF) acompanha a fiscalização. Até as 11h20, 10 pessoas foram presas.
"Gerentes e responsáveis legais pelas farmácias foram presos. Encontramos medicamos de uso controlado sem autorização da Anvisa que configuram crimes contra a saúde pública. Estamos analisando alguns que poderão configurar crime de tráfico de drogas", declarou Felipe Curi, delegado titular do Departamento Geral de Polícia Especializada.
Segundo a Polícia Civil , foram encontrados medicamentos de uso controlado e anabolizantes. Todas os produtos são levados para a Cidade da Polícia.
Essa é mais uma tentativa de atingir milicianos que atuam no estado e evitar que eles exerçam algum tipo de influência nas eleições deste ano.
É uma ação da força-tarefa da Polícia Civil, criada para combater o crime organizado na Baixada Fluminense e também na Zona Oeste e permitir uma "eleição livre" na região.
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Em uma farmácia da Rua Carvalho de Souza, em Madureira, os investigadores verificaram os documentos do estabelecimento e vasculharam o depósito onde ficam armazenados medicamentos . Às 10h, a polícia determinou que o local fosse fechado. Pelo menos sete funcionários trabalhavam no lugar.
Na farmácia Cumani, em Madureira, dois funcionários foram conduzidos à Cidade da Polícia para prestarem esclarecimentos. A farmácia foi interditada. Além disso, os investigadores apreenderam documentos e medicamentos.
Os agentes tambem estão em Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Paciência e Urucrânia (sub-bairro da Zona Oeste).
Esta é mais uma megaoperação contra o braço financeiro do grupo paramilitar chefiada por Wellington da Silva Braga , o Ecko . A ação tem como objetivo asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram lucro para a organização criminosa.
Somente este mês, dois candidatos a vereador em Nova Iguaçu foram assassinados. Mauro Miranda da Rocha (PTN) foi morto no dia 1º em uma padaria. Quase dez dias depois, Domingos Barbosa Cabral (DEM), também foi morto a tiros no município.
A operação desta quarta-feira conta com as equipes dos Departamentos de Polícia Especializada. Além da Delegacia do Consumidor (Decon), Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD); Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM); Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter).