Rosa havia tomado posse em março do ano passado como titular da Delegacia de Homicídios da Capital
Fabiano Rocha em 25-3-2019 / Agência O GLOBO
Rosa havia tomado posse em março do ano passado como titular da Delegacia de Homicídios da Capital


O delegado Daniel Rosa, que estava como titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), deixa o caso Marielle Franco e Anderson Gomes . No seu lugar, assume o delegado que chefiava a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Moisés Santana. Segundo o novo secretário de Polícia Civil do Estado, Allan Turnowski, a mudança está ocorrendo em todos os cargos da corporação e a troca seguiu critérios técnicos.


"Não há interferência política . A mudança é técnica. Não haverá prejuízo para a investigação. Além disso, o Ministério Público do Rio está acompanhando o caso, que é um dos mais importantes que temos. A minha experiência de mais de 24 anos de polícia mostra que haverá um novo olhar sobre o caso", justificou Turnowski.

Segundo o secretário, assim como ele teve a liberdade para escolher a cúpula da Polícia Civil, o diretor do Departamento Geral de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DGHPP), Roberto Cardoso, tinha que decidir quem seria o titular da DH da Capital.

"Trabalhamos para produzir resultados. Roberto sabe que irei cobrar dele mais tarde. O caso Marielle é uma prioridade. Mataram uma autoridade, uma pessoa pública. Um crime desses não pode ficar impune. Acho que a DH terá que ampliar seu raio de atuação. Temos que asfixiar as milícias para chegar aos mandantes. O Giniton (Lages) foi o delegado que prendeu os executores e saiu. As pessoas reclamaram, mas o trabalho teve continuidade com o Daniel. Agora o Moisés irá prosseguir, com sua experiência e estratégia que se ampliou com os casos da Baixada Fluminense. Aliás, todos os delegados que atuaram neste caso vieram da Baixada. Não tenho dúvidas de que obteremos resultados", afirmou o delegado.

Perguntado se a saída de Daniel Rosa tinha alguma ligação com o episódio envolvendo o porteiro do Vivendas da Barra, onde morou o presidente Jair Bolsonaro, Turnowski afirmou que não há interferência política. Em outubro do ano passado, o porteiro chegou a dizer, em depoimento à DH, que Élcio de Queiroz, apontado como um dos executores de Marielle Franco, entrou no condomínio perguntando pelo presidente.

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