A Polícia Civil apura as circunstâncias de tiros dados por um policial militar nas areias da Praia de Ipanema , na Zona Sul do Rio. Chamado para prender um homem que teria roubado o cordão de ouro de um banhista, o PM chegou a alcançar o suspeito, mas ele conseguiu fugir. Na tentativa de recapturá-lo, quatro disparos foram feitos e um deles atingiu um barraqueiro, que estava em um quiosque, na altura do Teatro Laura Alvim.
Na 14ª DP (Leblon), o militar Diego Baltazar Batista da Costa, contou que estava em patrulhamento, no projeto “Por um Rio mais seguro”, na Avenida Rainha Elizabeth, por volta de 18h50 de 30 de agosto. Ele teria sido acionado, junto com o também PM Bruno Novaes Assumpção, pela vítima do roubo, quando chegavam na Avenida Vieira Souto. O rapaz dizia que o autor do crime era um homem negro, de 1,75m, forte, que usava bermuda, tornozeleira eletrônica e estava sem camisa.
Os policiais teriam então corrido e conseguido localizar o bandido a 150 metros dali. Eles disseram ter dado ordem para que ele sentasse na viatura até a chegada da vítima, mas ele teria se exaltado, se recusado a colocar as mãos para trás e fugido correndo, no sentido Arpoador.
Diego teria ido em sua direção, mas ele atravessou a rua e ainda deu um soco em Lucas dos Santos Ribeiro, que tentou contê-lo no caminho e acabou desmaiando.
Ao conseguirem se aproximar do criminoso, os PMs teriam sido ameaçados por ele. “Se você se aproximar, vou tomar sua arma e te bater”, teria dito o assaltante.
Bruno, então, deu quatro tiros próximo ao pé do bandido, mas ele continuou a resistir à prisão, arremessou uma placa de madeira contra os militares e fugiu. Ao desviar de um dos tiros, a perna esquerda do barraqueiro Anderson Martins da Silva foi atingida. Ele estava em um quiosque tomando cerveja.
Na delegacia, Anderson contou ter sido encaminhado para o Hospital municipal Miguel Couto, onde passou por exames de raios X, foi medicado e liberado.