Almir em propaganda da sua empresa Jr10 Instalações Elétricas, Refrigeração e Reformas
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Almir em propaganda da sua empresa Jr10 Instalações Elétricas, Refrigeração e Reformas

A Polícia Civil investiga se um eletricista realizava procedimentos estéticos na clínica  Rainha das Plásticas , em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Agentes da 20ª DP (Vila Isabel) apuram a denúncia, feita por uma testemunha, de que Almir Paixão da Silveira Junior , funcionário da clínica e também dono de uma empresa de instalações elétricas, atuava como enfermeiro.

Almir é um dos alvos do inquérito aberto para investigar a morte da cantora de funk Fernanda Rodrigues, a MC Atrevida , dez dias após fazer um procedimento estético na clínica. Agentes da distrital também tiveram acesso a mensagens de áudio e diálogos em aplicativos de mensagens de uma mulher que afirma ter sido atendida pelo eletricista em julho na clínica. Segundo a mulher, Almir “fez a anestesia local e fez a hidrolipo junto com o doutor Wilson”. Ela se referia ao médico Wilson Ernesto Galarza Jara, que também fez o procedimento na MC Atrevida.

Já numa filmagem feita dentro da clínica obtida pelo EXTRA, Almir aparece paramentado como um enfermeiro, vestindo capote, touca médica e máscara descartável. O vídeo — feito pela própria dona do estabelecimento, Wania Tavares — foi postado nas redes sociais da clínica.

Além de trabalhar na Rainha das Plásticas , Almir é dono da empresa Jr10 Instalações Elétricas, Refrigeração e Reformas, que oferece nas redes sociais serviços como aumento e diminuição de carga elétrica. Já em seu perfil pessoal, Almir aparece em fotos com o uniforme da Light e também em frente a painéis de energia. Na mesma página, consta a informação de que ele fez “Curso Técnico em Enfermagem”.

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O nome do eletricista , entretanto, “não consta do cadastro de inscritos do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro”, segundo nota enviada pelo órgão.

Em depoimento na 20ª DP, Almir afirmou que não faz procedimentos estéticos na clínica e que não tem qualificação para trabalhar como enfermeiro, apesar das informações que constam em seu perfil na rede social.

Procurada, a defesa de Almir alegou que o eletricista é administrador da clínica e cuida da parte burocrática do estabelecimento. “Ainda tem um inquérito em curso, ele é somente investigado. Tudo o que falaram contra ele vão ter que provar”, afirmou a advogada Taiana Cristina Soares dos Santos

A Polícia Civil está investigando todos os profissionais que trabalhavam na Clínica Rainha das Plásticas. Wilson Jara, que fez a hidrolipo (retirada de gordura das costas para injetar nos glúteos) na MC Atrevida prestou depoimento e afirmou que a mulher “morreu porque tinha que morrer”. Durante o depoimento, o médico intercalava momentos de consciência com outros em que respondia coisas sem nenhum sentido.

MC Atrevida passou mal após o procedimento estético, realizado no dia 16 de julho. Ela morreu dez dias após a intervenção, no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, na Zona Norte. O laudo de necropsia da artista aponta que ela teve septicemia subcutânea que culminou em uma infecção generalizada causada por inflamação na pele.

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