Chefe da Polícia Federal de São Paulo, Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho
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Chefe da Polícia Federal de São Paulo, Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho

O chefe da Polícia Federal (PF) do estado de São Paulo, Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho, de 60 anos, passou 16 dias internado após ter contraído o novo coronavírus (Sars-Cov-2). Ele, junto com toda a cúpula da PF paulista (outros três delegados e uma corregedora), foram infectados no meio de março. Nesta quarta-feira (22), quase um mês depois, ele voltou a trabalhar, com 6kg a menos e pavor do vírus.

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"É uma doença pavorosa, que te suga. Quase fui parar do outro lado", relatou o chefe da PF à Folha de S. Paulo . Em todos os estados brasileiros, 4.938 policiais foram afastados, desde o começo da crise até esta quinta, de suas funções por suspeita de Covid-19, segundo dados das secretarias estaduais.

É provável que Almeida Filho tenha sido contaminado em uma reunião com os membros da cúpulo com os médicos Roberto Kalil Filho e David Uip. Todos foram contaminados. “É bobagem querer tentar adivinhar como foi, com quem foi, não dá para saber”,

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O caso de Covid-19 do chefe da PF de São Paulo evoluiu rapidamente, se transformando em pneumonia. Começou como um resfriado, mas três dias depois ele perdeu o paladar e olfato, iniciou a ter tosse e dificuldades para falar. “Era tosse profunda. Perdi o apetite e aí veio uma febre e calafrios. Fiquei dois dias em casa, sem comer, a respiração ficou curta e ofegante. Depois tentei comer uma sopa. Na primeira colherada, eu vomitei". 

Vendo a gravidade do caso, o chefe da PF pediu para um amigo levá-lo ao hospital . “Cheguei desfalecido. Fui levado por um colega, porque eu não conseguia mais me locomover. O médico me relatou que eu cheguei nos 45 do segundo tempo”. Se tivesse demorado mais um dia, ele teria que ser entubado, precisando ficar ligado a aparelhos que respirariam por ele.

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Foi internado no semi-intensivo, onde são levados casos mais leves que os que necessitam UTI. “Tomei uma medicação bastante pesada por 13 dias, inclusive injeções na barriga, que são anticoagulantes, para não dar embolia pulmonar”. Após 16 dias recebeu alta do hospital, mas precisou ficar mais cinco dias em casa, até poder realizar o teste que o liberaria para trabalhar. “Os exames revelaram que eu não tenho Covid-19, que criei anticorpos e não transmito mais para ninguém”, relata o chefe da PF .


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