“A convivência intensa pode gerar ou agravar episódios de violência contra a mulher. Num momento de crise como esses, não vamos cruzar os braços”, afirmou a secretária municipal de Direitos Humanos, Claudia Carletto.
Agência Brasil
“A convivência intensa pode gerar ou agravar episódios de violência contra a mulher. Num momento de crise como esses, não vamos cruzar os braços”, afirmou a secretária municipal de Direitos Humanos, Claudia Carletto.

A Defensoria Pública de São Paulo está preocupada com o impacto da quarentena em potenciais vítimas de violência doméstica, segundo divulgado nesta quarta-feira (25) pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da capital registrou uma redução de 78% nos atendimento voltados a mulheres na semana passada, entre 16 e 20 de março – quando muitas pessoas começaram a ficar em suas casas para evitar contrair a doença. 

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Em quarentena, mulheres que sofrem ou correm risco de sofrer violência doméstica passam mais tempo com os possíveis agressores. No estado do Rio de Janeiro, o Plantão Judiciário da Justiça registrou na segunda-feira (23) o aumento de 50% nos casos de violência doméstica desde o início da quarentena. 

“A convivência intensa pode gerar ou agravar episódios de violência contra a mulher. Num momento de crise como esses, não vamos cruzar os braços”, afirmou a secretária municipal de Direitos Humanos, Claudia Carletto.

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Os Centros de Referência da Secretaria de Direitos Humanos de São Paulo estão funcionando, mas em horário reduzido, das 10h às 16h, para evitar colocar suas funcionárias em risco de contágio do coronavírus . Esses locais oferecem assistência jurídica e psicológica para mulheres vítimas de agressão. 

Esses centros também fazem pedidos de vagas de abrigos para mulheres, e seus filhos, que correm risco de morte pela violência doméstica. Contudo, a Secretaria não informou se esses abrigos estão funcionando devido à quarentena .Também não foi confirmado se os Centros de Defesa e de Convivência da Mulher estão abertos.

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Mesmo abertos, alguns dos locais que auxiliam mulheres vítimas de violência doméstica estão sendo pouco procurados. A Casa da Passagem, que funciona como abrigo de curto período para vítimas, recebeu 11 mulheres na última semana. Nas duas semanas anteriores, ele atendeu 50. A  Casa da Mulher Brasileira recebeu 44 mulheres semana passada. Nas duas primeiras semanas de março, foram realizados 326 atendimentos.


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