O capitão Adriano da Nóbrega
, morto no último domingo (8) durante uma operação policial na Bahia, foi atingido por dois tiros no tórax. As informações são do laudo do Departamento de Polícia Técnica do estado. A análise também mostra que o miliciano
, que era ligado ao senador Flávio Bolsonaro
, teve lesões no pescoço e na clavícula causadas pelos disparos, além de ter sete costelas quebradas.
Apontado como chefe de uma milícia chamada Escritório do Crime , Nóbrega foi encontrado em um sítio na cidade de Esplanada, que fica em uma zona rural a 170 km de Salvador.
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Ainda de acordo com o laudo necroscópico, os tiros atingiram o capitão de frente, sendo que um deles o atingiu de cima para baixo e outro no sentido contrário. Umas das balas atravessou o corpo e outra ficou alojada. Assim que foi retirada, a segunda foi encaminhada para um exame de balística.
A conclusão do laudo foi que Adriano morreu de anemia aguda e politraumatismo causado por "instrumento de ação perfuro-contundente", expresão utilizada para especificar que morte foi causada por arma de fogo.
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Nos escudos que foram utilizados pelos policiais durante a operação, os peritos verificaram marcas de balas. Eles vão fazer novas análises para saber se os disparos foram feitos pelo miliciano morto. Segundo o relato dos oficiais, os equipamentos evitaram que eles fossem atingidos por dois tiros.