Os primeiros funcionários que encontraram o corpo da menina Raíssa Eloá Capareli, de nove anos, no parque Anhanguera, Zona Norte de São Paulo, afirmaram que o menino que chamou a equipe para avisar do crime estava “supertranquilo” e demonstrava frieza.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo , uma funcionária que não quis se identificar afirmou que foi a primeira a ser acionada pelo menino de 12 anos. Ela disse ter acreditado que o garoto “estivesse imaginando coisas”, pois ele “não estava ofegante, não estava assustado, nem nada”.
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Após o menino informar ter encontrado “uma moça pendurada na árvore”, a funcionária chamou mais dois vigilantes. Eles fizeram uma caminhada de cerca de 10 minutos até achar o corpo pendurado em uma árvore, dentro de uma trilha de acesso restrito para funcionários.
Um rastro de sangue levava até o corpo da menina, indicando que ela começou a ser espancada antes de ser colocada na árvore. O galho que o menino afirmou, em um dos três depoimentos diferentes, ter utilizado para ferir Raíssa não foi encontrado.
Segundo a Folha, o menino chegou a aparecer em algumas imagens do corpo da menina na perícia, observando-a e não demonstrando emoções enquanto chupava um pirulito.
Relembre o caso
A menina Raíssa, que era autista, foi encontrada morta , presa pelo pescoço em uma árvore, com marcas de agressão no ombro. O crime aconteceu nas proximidades do Centro Educacional Unificado (CEU) Anhanguera, localizado na Zona Norte de São Paulo, no último domingo (29). A criança estava em uma festa no local, quando foi pegar pipoca e não voltou.
Imagens de câmeras de segurança mostram Raíssa e o menino suspeito atravessando uma rua de mãos dadas por volta das 12h30, momentos antes da garota ser assassinada. O menino de 12 anos foi ouvido na noite da segunda-feira (30) pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).