A mãe do menino de 12 anos acusado de ter assassinado a menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona , de 9 anos, afirmou que o garoto pode ter sido convencido por uma terceira pessoa a cometer o crime.
A entrevista foi concedida ao programa Cidade Alerta, da Rede Record. A mãe do garoto, que não teve a identidade revelada, disse ainda que o filho está recebendo ameaças de morte dos vizinhos.
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Questionada sobre a inocência do garoto, a mãe respondeu: "Se ele errou, ele tem que pagar". Foi a mãe quem conduziu o próprio filho até a delegacia para prestar depoimento sobre o caso.
Ela complementou durante a entrevista que o filho disse que tanto ele quanto a Raíssa teriam sido ameaçados por uma terceira pessoa antes do crime. A mulher encerrou sua fala com o seguinte discurso: “Se realmente foi meu filho o assassino, eu peço perdão à mãe da Raíssa”, concluiu.
Ainda de acordo com o programa, o laudo psicológico apontou que o garoto não tem problemas psiquiátricos. Não havendo, portanto, necessidade de tratamento. A mãe do garoto informou à produção do programa que ele estaria recebendo ameaças de morte.
Depoimento
De acordo com um documento apresentado pelo programa como sendo um documento oficial do caso, a polícia teria perguntado sobre a morte da menina e o garoto confessou. Questionado uma segunda vez, respondeu apenas afirmativamente com a cabeça. Ele também foi questionado se teria realizado o assassinato sozinho e, mais uma vez, teria afirmado com a cabeça.
A polícia perguntou sobre o motivo que teria levado o menino a matar Raíssa, mas ele não quis responder. Questionado sobre onde conseguiu a corda, o garoto de 12 anos respondeu que encontrou próximo ao Centro Educacional Unificado (CEU) Anhanguera, local onde a menina foi vista pela última vez com vida pela família. Por fim, ele comentou que estava com muito medo e arrependido dos atos praticados.
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O menino disse ainda que no meio da rua estava a meia social, a corda e o tecido vermelho encontrados junto à menina.
Antes de supostamente assassinar Raíssa, o garoto e ela teriam brincado cerca de 40 minutos. Após isso, o garoto teria a agredido com empurrões e depois com chutes.
Perguntado se chegou a tirar a roupa de Raíssa, garoto negou, mas confessou, segundo o documento lido no programa, que os diversos ferimentos no corpo dela foram feitos com gravetos com os quais ele golpeou o corpo dela.
Relembre o caso
A menina Raíssa, que era autista, foi encontrada morta, presa pelo pescoço em uma árvore, com marcas de agressão no ombro. O crime aconteceu nas proximidades do Centro Educacional Unificado (CEU) Anhanguera, localizado na Zona Norte de São Paulo, no último domingo (29). A criança estava em uma festa no local, quando foi pegar pipoca e não voltou.
Imagens de segurança mostram Raíssa e o menino suspeito atravessando uma rua de mãos dadas por volta das 12h30, momentos antes da garota ser assassinada. O menino de 12 anos foi ouvido na noite da segunda-feira (30) pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).