Águas-vivas proliferam em praias gaúchas e bombeiros instalam alertas

Desde o começo da Operação Verão no Rio Grande do Sul, em 16/12/2023, o litoral gaúcho já teve mais de 12.600 casos de lesões por água viva.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a água clara e com elevação da temperatura se torna convidativa para os banhistas e ao mesmo tempo favorece a proliferação das águas vivas. E é necessário ter cuidado.

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Os guarda-vidas fincaram até bandeiras nas praias - entre elas, a Capão da Canoa - para alertar sobre o perigo.

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O banho não é proibido, mas as bandeiras azuis, com aviso sobre as águas-vivas, dão às pessoas a opção de entrar ou não na água. Muitos desistem.

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As Medusas, chamadas normalmente de Águas-Vivas, são seres que têm corpos formados majoritariamente por água (95%), o que ocasionou o seu nome popular.

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Quando se sente ameaçada, a água-viva solta um ferrão que injeta uma substância urticante na vítima, seja animal ou pessoa.

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A pessoa ferida tem a sensação de queimadura, embora, tecnicamente, a água-viva não queime. O que ocorre, na verdade, é um envenenamento químico com toxinas. Por isso, elas são consideradas peçonhentas. E causam uma dor intensa.

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Não se deve esfregar a pele após intoxicação pela água-viva , pois isso só serve para espalhar o veneno, ainda armazenado nos tentáculos.

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Os bombeiros afirmam que não se deve usar água doce ou água da toneira. O correto é lavar a parte do corpo que sofreu a picada com água do mar ou vinagre.

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O ideal, inclusive, é pedir ajuda aos guarda-vidas. Nas guaritas, quem é queimado costuma usar vinagre para tratar a lesão. E diz que arde bastante.

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E cuidado: mesmo quando estão na areia, uma água-viva oferece o mesmo perigo. A capacidade de envenenar permanece por 24 horas após o momento em que ela fica fora da água. Nunca as manipule. Podem estar vivas, mesmo parecendo mortas.

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Existem mais de mil espécies de águas vivas pelos oceanos, em todo o planeta.

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No Brasil, as mais comuns são Olindias sambaquiensis, Physalia Physalis (caravela portuguesa - foto) e Chrysaora láctea.

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As águas-vivas medem entre 2 centímetros e 2 metros de comprimento. Portanto, há uma variedade grande de tamanhos.

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A água-viva pode ter até 40 tentáculos, que ficam em volta da boca e auxiliam na captura do alimento.

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As águas-vivas podem comer peixes e crustáceos. Além disso, podem ter microalgas vivendo em seus tecidos e fornecendo nutrientes por meio do processo da fotossíntese.

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Especialistas afirmam que o aquecimento global, que vem chamando atenção com altas temperaturas fora de época, fazem bem às águas-vivas e aumentam a sua proliferação.

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No Sul do Brasil, várias praias registram ocorrências de águas-vivas. Uma delas é a Praia do Cassino, que aparece no topo das listas das maiores praias do mundo, pois tem incríveis 245 km de extensão.

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Portanto, é uma área de grande movimento, pois, além do banho de mar, a área oferece atrações como uma estação ecológica e um complexo eólico para geração de energia limpa, entre outros atrativos.

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Uma curiosidade é que existem águas-vivas que brilham na escuridão. Elas possuem órgãos bioluminescentes que provocam esse efeito. Mas nem todas são assim.

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