Os abadás surgiram no início da década de 1990. Antes disso, as pessoas que participavam dos blocos de rua usavam fantasias tradicionais, como pierrôs, piratas, marinheiros e caretas.
Os abadás são um marco dos tradicionais trios elétricos do Carnaval de Salvador, mas será que você conhece a origem desse símbolo?
Os abadás surgiram no início da década de 1990. Antes disso, as pessoas que participavam dos blocos de rua usavam fantasias tradicionais, como pierrôs, piratas, marinheiros e caretas.
No início dos anos 1970, as fantasias começaram a ser substituídas pelas mortalhas, que eram túnicas longas, geralmente pretas, com símbolos religiosos ou políticos.
As mortalhas eram mais práticas e confortáveis, e também serviam como forma de expressão política ou social.
No início dos anos 1990, o designer e carnavalesco Pedrinho da Rocha, o músico Durval Lelys, da Banda Asa de Águia, e o Bloco Carnavalesco Eva lançaram um novo tipo de fantasia para substituir as antigas mortalhas.
Essa nova fantasia era uma camiseta de algodão, com o logotipo do bloco estampado.
Originalmente, os abadás eram brancos e ligados aos capoeiristas.
Com o passar do tempo, as cores vivas e os designs que expressam a identidade única de cada bloco foram tomando conta da vestimenta.
O nome "abadá" tem origem na palavra árabe "abad", que significa "escravo". A palavra foi trazida para o Brasil pelos africanos escravizados, e passou a ser usada para caracterizar a roupa usada pelos capoeiristas.
Os abadás logo se tornaram populares, e rapidamente se espalharam para outros estados do Brasil.
No contexto do Carnaval, o abadá é uma forma de identificação dos foliões com o bloco ou camarote que eles estão frequentando.
Também é uma forma de expressão cultural e artística, já que os abadás costumam ser estampados com cores, desenhos e frases que representam a cultura do bloco ou camarote.
Os abadás não são apenas peças de roupa, mas também funcionam como ingressos para os blocos carnavalescos. Ao adquirir um abadá, os foliões garantem o acesso aos desfiles dos trios elétricos e outras atrações.
Mas também existem os abadás gratuitos; nesse caso, eles costumam ser distribuídos pelos blocos ou camarotes aos seus foliões.
No Rio de Janeiro, por exemplo, alguns blocos como o Cordão da Bola Preta distribuem abadás com designs divertidos e irreverentes, que representam o espírito carioca.
O abadá não apenas se consolidou como um item de vestuário distintivo durante o Carnaval, mas também como um símbolo da festividade, representando a diversidade, a alegria e a identidade cultural do Brasil.
Nas últimas décadas, tem crescido a tendência dos abadás personalizados, principalmente entre os famosos.
Não é difícil encontrar ideias diferentonas pelo Instagram, TikTok ou Pinterest. Tem abadá vestido e até versão em cropped…
Outra tendência que tem aparecido entre os famosos são os abadás com franjas ou fitas. Alguns ainda adicionam miçangas ou paetês.