No dia 7/8/1876, há 147 anos, nascia Mata Hari, que viria a ficar famosa como espiã.  Nascida na Holanda, Margaretha Gertrude Zelle, tentou ganhar a vida nos cabarés de Paris em 1905. Ela dizia que era indiana, filha de uma dançarina do Deus Shiva. Mas a carreira naufragou e ela virou cortesã.
A história de Mata Hari já inspirou as artes. No cinema, o filme mais famoso sobre ela foi protagonizado por Greta Garbo e Ramon Novarro, em 1931.
Assim como Mata Hari, diversos espiões se tornaram notórios. E vários fizeram apurações que determinaram mudança de rumos na história.
O dia 7/12, por exemplo, é marcado pelo ataque da Marinha Japonesa à base americana de Pearl Harbor durante a II Guerra Mundial, em 1941. Mas você sabia que o governo dos EUA foi avisado de que o bombardeio aconteceria?
O alerta foi dado pelo espião Dusko Popov. Sérvio, com aversão aos nazistas, ele se ofereceu para se infiltrar entre os alemães e atuou como agente duplo na II Guerra Mundial.  O Japão era do Eixo, ao lado de Alemanha e Itália. E Popov estava de olho.
Foi graças a Popov que o número de nazistas na Normandia - onde soldados dos Aliados desembarcaram no Dia D (foto)-)  foi menor do que o planejado inicialmente. Muitos alemães foram desviados para Calais, onde Popov disse  que os inimigos desembarcariam.
Mas o alerta que Popov fez ao FBI (polícia federal americana) sobre Pearl Harbor foi desconsiderado. O diretor John Edgar Hoover não ligou quando Popov disse que a base naval americana no Havaí seria bombardeada.
Edgar Hoover (foto) depreciou o alerta porque Popov perdia credibilidade com sua vida boêmia. O espião bonito e sedutor era adepto das noitadas, com várias mulheres.
Mas foi justamente essa mistura de beleza, sedução e espionagem que atraiu a atenção do jornalista e escritor britânico Ian Fleming (foto). Ele conheceu Popov num cassino e decidiu criar um personagem inspirado no espião.
Popov acabou se casando, teve três filhos e morreu em 1981, aos 69 anos.  James Bond consagrou-se como o maior espião do cinema e já foi interpretado por vários atores.  O mais recente é Daniel Craig (foto).
O mundo da espionagem é um dos mais intrigantes. Envolve perigo, inteligência, fontes privilegiadas de informação, habilidade em disfarces e dissimulações.
Espionagens sempre foram uma preocupação para os governos. Agentes duplos com habilidade para disfarces e dissimulações podem determinar o rumo de decisões estratégicas. Veja outros espiões célebres.
Julius e Ethel Rosenberg - Em 6/3/1951, começava o julgamento dos dois , acusados de espionagem. Telegramas decodificados apontavam que Julius havia passado, por exemplo, informações sobre a bomba atômica aos soviéticos.
O casal foi condenado à morte. Foi a primeira execução de civis na história dos Estados Unidos. Julius, aos 35 anos, e Ethel, aos 37, foram executados por fuzilamento na prisão de Sing Sing (foto), no Condado de Westchester, Nova York.
Richard Sorge - Oficial da Inteligência Militar Soviética, trabalhou disfarçado de jornalista boêmio e mulherengo na Alemanha nazista e no Japão durante a II Guerra Mundial
Sorge informou ao líder soviético Josef Stalin sobre a Barbarossa, gigantesca operação de Hitler (rompendo acordo de não agressão), com 3 milhões de homens e milhares de veículos blindados e aviões. O aviso permitiu uma estratégia que derrotou os nazistas e manteve a URSS na guerra.
Descoberto, Sorge foi executado por enforcamento em Tóquio (Japão), em 7/11/1944, aos 49 anos. Ele é considerado herói russo. Na foto, um selo em sua homenagem.
Kim Philby - Nasceu na Índia em 1912, quando o país era colônia britânica. A família se mudou para a Inglaterra e Kim tornou-se partidário do Comunismo, formando, em 1933, o grupo conhecido como Os 5 de Cambridge.
Kim ingressou no Serviço Secreto Britânico e passava informações aos soviéticos. Durante a Guerra Civil, em 1944, chefiou um serviço para descobrir agentes soviéticos na Inglaterra. Ou seja, passou a ser responsável por investigar a si mesmo. Kim é herói na Rússia.
Suspeito de traição, ele foi demitido em 1951. Acabou sendo desmascarado apenas em 1963 e fugiu para Moscou, onde viveu até sua morte, em 1988, de enfarte.
Markus Wolf - Nascido em 1923 na Alemanha, seus pais eram socialistas e membros do Partido Comunista. Por isso, a família foi para a União Soviética quando Hitler implantou o Nazismo.
Após a II Guerra Mundial, Markus voltou a Berlim. Em 1953, passou a chefiar a divisão de espionagem. Determinava que agentes usassem o sexo para obter informações.  Ele se aposentou em 1986 e, apesar de acusações de traição, sempre foi absolvido nos tribunais.

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