Há 78 anos, em 9/8/1945, uma bomba atômica, conhecida como Fat Man, foi lançada sobre Nagasaki, no Japão, matando cerca de 80 mil pessoas durante a Segunda Guerra Mundial.
Três dias antes, Hiroshima já havia sido bombardeada, ficando com cerca de 166 mil mortos.
Com as duas explosões que causaram uma tragédia de dimensões inéditas, o Japão se rendeu, no dia 14/8.
A rendição oficial foi em 14/9. Na foto, o Ministro das Relações Exteriores do Japão Mamoru Shigemitsu assina a Ata de rendição do país no USS Missouri sendo visto por Richard K. Sutherland, oficial do Exército dos EUA.
O filme “Oppenheimer”, lançado no dia 20 de julho, tem feito sucesso ao mostrar, justamente, a trajetória do cientista que liderou a equipe na criação do artefato destruidor.
O longa, que conta a história de J. Robert Oppenheimer, físico americano e inventor da bomba atômica, conta com 94% de aprovação no site de críticas Rotten Tomatoes. E já alcançou US$ 942 milhões em bilheteria.
O filme mostra que Oppenheimer enfrentou dilemas éticos em relação ao projeto, pois, embora sua intenção fosse fazer os EUA ficar à frente da Alemanha nazista (que também estava dsenvolvendo o explosivo), o resultado foi catastrófico para milhares de famílias.
A bomba atômica é uma arma que libera uma volume gigantesco de energia e, por isso, o seu poder é devastador. Além de matar milhares imediatamente de uma só vez, a bomba causa sequelas capazes de provocar novas mortes, em grande quantidade, nos anos posteriores.
Ela funciona com o processo de reação nuclear de fissão dos átomos, que, mesmo com uma pequena quantidade de matéria, permite uma forte liberação de energia.
As bombas nucleares agem de forma semelhante às bombas usuais. Mas um dos elementos utilizados na composição as diferencia: o nêutron
Urânio-235 e plutônio-239 são os principais componentes de uma bomba. A bomba nuclear funciona pelo princípio da divisão de um átomo instável (nêutron) pelo bombardeamento de partículas. Isso desencadeia a fissão nuclear dos outros átomos presentes.
O poder de destruição da arma é medido em quiloton, que equivale à explosão de 1000 toneladas de dinamite, ou megaton, referente a 1 milhão de toneladas.
A pesquisa sobre a bomba atômica nos Estados Unidos começou após um alerta de Albert Einstein e Leo Szilard, dois físicos importantíssimos do século XX, ao presidente do país, Franklin Delano Roosevelt.
Eles alertavam sobre o potencial militar da descoberta da divisão do átomo e a possibilidade de a Alemanha nazista desenvolver uma bomba atômica.
A pesquisa sobre a arma na Alemanha começou em 1939, mas, por conta das urgências da guerra, o regime nazista não priorizou as investigações e o projeto nunca saiu do papel.
Os Estados Unidos entraram na guerra em 1941, e, a partir daí, o presidente Franklin Roosevelt ordenou que o projeto de desenvolvimento da bomba fosse acelerado.
Assim surgiu o Projeto Manhattan, comandado pelo físico Julius Robert Oppenheimer e pelo general Leslie R. Groves.
Em maio de 1945, a Alemanha já havia se rendido, mas o Japão, um dos seus principais aliados, continuou a luta por mais alguns meses.
A primeira explosão foi chamada de “Trinity”, um teste realizado pelos EUA na base de Alamogordo, a 193 km de Albuquerque. Esta é uma das poucas fotos coloridas da explosão.
Oppenheimer acreditava que a bomba seria usada apenas para persuasão, e que nunca viria a ser detonada. Os acontecimentos destruíram o psicológico do físico, e isso é muito bem destacado no filme.
A resistência japonesa levou à decisão dos EUA de soltarem bombas nucleares matando milhares de civis.
A ordem foi dada pelo então presidente americano Harry Truman, interpretado no filme pelo ator Gary Oldman (foto) .
A bomba foi lançada sobre o Japão de um avião chamado Enola Gay e a foto mostra o piloto Paul Tibbets pouco antes da decolagem.
Muito se discutiu sobre a culpa de quem jogou a bomba (cumpriu ordem que mataria milhares de forma sofrida). Paul Tibbets viveu por mais de sessenta anos após Hiroshima. Morreu em casa, no estado de Ohio, em 1/11/ 2007, aos 92 anos.

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