A seca severa que atinge o Amazonas tem gerado preocupação no atual estado de emergência.
A maioria das cidades no Amazonas depende do transporte hidroviário.
O rio Negro, em Manaus, também foi afetado com a seca, que atingiu a cota 16,11 metros na última semana, o que é muito baixo para o período.
A estiagem afeta comunidades ribeirinhas, que sofrem com falta de alimentos, remédios e água potável. O governo federal anunciou medidas de socorro para a região, como apoio à distribuição de cestas básicas.
Na comunidade do Arumã, em Beruri, no interior amazonense, a seca causou erosão e desmoronamento. Mais de 45 casas foram arrastadas, 2 pessoas morreram e várias ficaram feridas.
A seca no rio Madeira, em Porto Velho, tem sido motivo de preocupação na região.
O rio Madeira atingiu a menor cota da série histórica da seca: o nível foi de 1,43 metro.
A medição atual é a menor desde que há monitoramento no rio. O fornecimento de água e o transporte de carga estão comprometidos, prejudicando as comunidades que dependem do abastecimento.
De acordo com especialistas, a estiagem, comum neste período do ano, tem sido agravada pelo aquecimento das águas dos oceanos Atlântico Tropical norte, logo acima da linha do equador, e Pacífico Equatorial, este último devido ao El Niño, que inibe a formação de nuvens e diminui o volume das chuvas. 
A estimativa é de que a seca se estenda por mais tempo, segundo a Defesa Civil.
A Usina de Santo Antônio, no rio Madeira, foi desligada, devido à seca que atinge a região, sem previsão para o retorno às atividades. 
As secas na Amazônia têm aumentado com frequência nos últimos anos. 
O rio Madeira é um dos mais importantes do norte do Brasil. Sua nascente, inclusive, fica em território boliviano, na Cordilheira dos Andes. Ele banha três países (Brasil, Bolívia e Peru) e dois estados brasileiros (Rondônia e Amazonas). 
O rio Madeira tem sido fundamental para a economia de muitas regiões, através da pesca, transporte hidroviário e o plantio de diversos produtos agrícolas. O Madeira tem sua foz no rio Amazonas, sendo o principal afluente deste rio.
Principais hidrelétricas: Usina Hidrelétrica de Jirau e Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.
O rio Madeira, além da questão econômica, tem uma importância cultural para comunidades indígenas e ribeirinhas que vivem às suas margens. A principal cidade banhada por suas águas é Porto Velho, capital de Rondônia.
O rio Madeira é batizado assim, pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície florestal, levando, portanto, tocos e restos de madeira da floresta.
O drama da seca no Amazonas também afeta os animais. O problema atinge 60 dos 62 municípios do Amazonas. 
No Rio Tefé, 120 botos foram encontrados mortos nos últimos dias.
Barcos encalhados em bancos de terra são uma cena cada vez mais comum. 
Em Manaus, o Rio Negro também tem sido afetado com os bancos de areia. Além do rio Madeira, outros rios também apresentam dificuldades: Juruá e Purus.

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