A cultura brasileira tem diversas lendas do imaginário popular. Conheça as principais figuras do folclore nacional.
Boitatá - Tem variações, dependendo da região do país. Mas, versão original do povo tupi-guarani, é uma cobra de fogo que protege a mata e tem o poder cegar as pessoas ao fazer contato visual.
Boto Cor de Rosa - Lenda da região Norte, principalmente na Amazônia, onde o boto vive nos rios e igarapés. De acordo com a narrativa, o animal busca a civilização, no período da noite.
Ele transforma-se em homem, que seduz mulheres. Assim, quando não há indícios a respeito da ligação paterna de uma criança, o habitual é chamá-la de ‘filha do boto’.
A narrativa foi criada para assustar crianças que não obedecem aos pais. A música “Nana neném que a Cuca vem pegar…” é bastante popular.
Caipora - Protetor da mata e dos animais. Se perceber a presença de caçadores, a figura indígena emite uivos intensos e altos para espantá-los. Pode ser menino ou menina, de cabelos vermelhos.
Curupira - Defensor da fauna e da flora. Ele também confronta quem, de alguma forma, tenta prejudicar as florestas e os animais.
 Como possui os pés virados para trás, a sua estratégia principal é confundir seus oponentes com as pegadas.
Iara ou Mãe D’água - Lenda do povo Tupi. Jovem de extrema beleza, que causava inveja, inclusive dos irmãos, que tentaram matá-la.
Ela se vingou e, após a morte dos irmãos, seu pai a jogou no rio. Os peixes a salvaram e ela virous sereia.
Lobisomem - Surgiu na Europa e foi absorvido pelo folclore brasileiro. Homem durante o dia vira uma besta sedenta por sangue à noite, como um lobo, uivando e provocando terror.
Em alguns locais, criou-se o mito de que crianças não batizadas podem enfrentar essa maldição.
Mula sem cabeça - Diz respeito a uma maldição que caiu sobre uma mulher após iniciar um namoro com um padre. Assim, na virada de quinta para sexta-feira, ela se transforma no animal – originado pelo cruzamento do jumento com égua.
Do pescoço para cima, labaredas de fogo ocupam o lugar onde haveria a cabeça. Segundo a lenda, quando vira a mula, a mulher galopa por ruas próximas a igrejas, causando medo em que se depara com ela.
O “Negrinho do Pastoreio” é uma típica lenda da região Sul do Brasil, com raízes africanas e cristãs. Isso porque a trama tem como protagonista um menino negro e escravo, que foi acusado injustamente pelo sumiço de um cavalo do seu patrão. Aliás, o jovem foi obrigado a voltar ao pasto para recuperá-lo.
Como não encontrou, ele foi colocado dentro de um formigueiro para passar a noite. Ao acordar estava sem ferimentos e ao seu lado apareceu uma santa, a Virgem Maria, que o ajuda a achar o animal. As pessoas que perdem algo acendem uma vela pedindo a auxílio da figura para reaver os pertences.
O Saci-Pererê é mais um exemplo de mito com origem indígena, no caso inventado pelo povo Tupi-Guarani. Este é um dos personagens folclóricos mais famosos do país e refere-se a um garoto negro, com apenas uma perna, que veste um short e gorro vermelho, além de um cachimbo.
A propósito, os dois últimos itens lhe concedem poderes mágicos. O principal divertimento do Saci é pular ou voar no redemoinho por aí e fazer pegadinha com as pessoas deixando-as confusas e perdidas. Além de esconder seus objetos, que provavelmente não serão mais vistos.

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