Empresas gigantes abandonam a Rússia em meio à guerra contra a Ucrânia

A holandesa Heineken anunciou que concluiu a venda de suas operações para o grupo Arnest. Um detalhe chamou a atenção: o grupo russo pagou um euro (pouco mais de R$ 5) por todas as ações da gigante cervejeira.

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Segundo informações da própria cervejaria, ela irá arcar com um prejuízo de 300 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão) por conta da transação.

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Apesar da saída da Rússia, a Heineken fez um acordo com a Arnest pensando nos trabalhadores locais: a nova dona da cervejaria firmou também um compromisso de manter os quase 2 mil trabalhadores empregados durante os próximos três anos.

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Além da Heineken, outra cerveja famosa deixará de ser fabricada no país de Putin, a também holandesa Amstel será descontinuada em seis meses.

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A Heineken é mais uma multinacional a sair da Rússia desde o início da guerra existente entre russos e ucranianos, que perdura desde o início de 2022.

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Algumas empresas foram forçadas e deixar o país e arcar com prejuízos milionários. O gigante McDonald's vendeu suas lojas para um empresário russo, que criou a marca “vkusno i tochka” (“rico e pronto!”).

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A rede de fast food estava na Rússia há mais de 30 anos e empregava 62 mil funcionários. Sua chegada ao país se deu após a queda do Muro de Berlim e foi simbólica para aliviar as tensões da Guerra Fria.

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Outra multinacional do gênero alimentício que deixou a Rússia foi a Coca-Cola. A empresa saiu em março de 2002 e seus produtos se tornaram artigos de luxo, com preços 200% mais caros em alguns lugares.

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A saída da Coca-Cola abriu espaço para empresas locais criarem "clones" do famoso refrigerante. A Ochakovo lançou três produtos que se assemelham demais aos tradicionais, a CoolCola, clone da Coca-Cola, Fancy, que imita a Fanta laranja, e Street, idêntica ao Sprite.

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Outra empresa russa a copiar a Coca-Cola foi a Slavda, que lançou a Grink Cola no lado oriental do país.

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A Nike também deixou a Rússia após os conflitos na Ucrânia. A multinacional americana encerrou suas vendas e acordos com varejistas russos alegando "dificuldades operacionais". Grande rival da Nike, a Adidas também deixou o país russo.

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Após 15 anos atuando na Rússia, a Starbucks deixou o país em definitivo em maio de 2022 (a operação já tinha sido suspensa em março do mesmo ano).

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Após 15 anos atuando na Rússia, a Starbucks deixou o país em definitivo em maio de 2022 (a operação já tinha sido suspensa em março do mesmo ano).

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A Starbucks possuía 130 lojas por toda Rússia e empregava cerca de 2 mil funcionários. Apesar da decisão, a empresa do ramo do café arcou com os salários dos colaboradores durante seis meses após sua saída.

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Com prejuízo de 630 milhões de dólares, a Siemens também deixou a Rússia. A gigante alemã de tecnologia foi diratamente impactada com encargos na fabricação de trens após sanções do país europeu.

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Entre as grandes montadoras, a Volvo foi a primeira a deixar o país russo. Jaguar, Land Rover, BMW e General Motors também saíra após os conflitos.

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Apesar da debandada de grandes marcas, algumas ainda seguem na Rússia, como a Lacoste, e outras foram afetadas após uma decisão do governo de Putin

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Decreto assinado pelo presidente russo permitiu ao governo colocar ativos estrangeiros que estão no país sob seu controle de forma temporária.

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