Caso Victor Meyniel: saiba quais são os novos capítulos na Justiça
Por Flipar | 22/09/2023
A Justiça tornou réu o estudante de medicina Yuri Moura de Alexandre. Ele teve também a prisão preventiva mantida.
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Indiciado por omissão de socorro, o porteiro Gilmar José Agostini também teve uma atualização no seu caso.
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O Ministério Público ofereceu o benefício de transação penal, aceito pela Justiça. A audiência especial vai acontecer em novembro.
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O que é a transição penal? É um acordo proposto pelo MP em que um indiciado concorda com a aplicação de uma pena restritiva de direito de uma multa (em troca, o processo é extinto).
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O estudante Yuri Moura de Alexandre virou réu por lesão corporal e injúria por homofobia. A 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público.
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ENTENDA O CASO - O ator Victor Meyniel foi agredido na portaria de um prédio em Copacabana, na zona sul do Rio.
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Meyniel teria conhecido o agressor em uma boate horas antes. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento das agressões.
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Segundo Victor, Yuri de Moura Alexandre mudou de comportamento depois que uma amiga dele chegou ao apartamento.
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"Parece que virou uma chave, me botou para fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque eu tirei para ficar no sofá, eu estava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato (em mim)", contou Victor.
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"Na mesma hora que eu estava descendo, ele desceu. E aí eu comecei a ficar chateado com a situação, não entendi o porquê desse alvoroço todo, e falei: 'A gente estava ficando, pelo amor de Deus, qual o problema de a gente estar se beijando?", detalhou.
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"Eu lembro só do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi para ele parar e ele não parava. E o porteiro estava vendo tudo", completou.
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Yuri de Moura Alexandre foi preso horas depois da agressão a Victor Meyniel.
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O agressor foi acusado de falsidade ideológica por ter se identificado como médico da Aeronáutica para Victor.
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"Ele já chegou dizendo: ‘Não toca em mim! Eu sou militar, sou médico militar! E bati mesmo. Assumo que bati. Qual é o problema?", contou a delegada Débora Rodrigues, da 12ª DP (Copacabana).
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“Ele não é militar. Ele mentiu. Ele não é médico ainda, é estudante", acrescentou Débora.
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De acordo com investigadores, Yuri tem uma passagem pela polícia também pelo crime de injúria. O caso está sendo investigado pela 12ª DP (Copacabana).
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O porteiro, ao lado, que assistiu à cena sem tomar nenhuma providência, também foi autuado por omissão de socorro.
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“Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro”, disse a delegada.
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“Ele disse que depois interfonou para o síndico, como se o síndico fosse alguma autoridade capaz de fazer alguma coisa naquele momento. Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito", completou Débora.