Além da beleza: Conheça a utilidade dos moinhos de vento

A cidade de Zaandam, a 22 km de distância da capital Amsterdam, abriga no bairro de Zaanse Schans um dos principais pontos turísticos do país. São seis moinhos, casas verdes e marrons, um museu que narra a história da região, além de lojas produtoras de itens típicos como queijos e tamancos de madeira.

Imagem de Aline Dassel por Pixabay

O “Het Jonge Schaap” é um desses seis moinhos da região. Foi construído em 1680 e demolido em 1942. Mas uma réplica foi erguida entre 2005 e 2007 com a função de serrar madeira, em um processo lento, com a força do vento. Reaberto dois anos depois, no decorrer da visitação é possível vê-lo em ação.

Flickr joschibelami

A cidade reproduz a vida em um típico vilarejo holandês do século 19. Ainda dispõe de restaurantes, cafés e hotéis. Todo o bairro é conectado por pontes e fica às margens do rio Zaan.

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O "Kinderdijk" é um canal que próximo a Roterdã onde foram construídos 15 moinhos de ventos, os mais famosos da Holanda, no século 18. A iniciativa teve o intuito de drenar cursos de águas que ficam perto e impedir alagamentos de lavouras e casas dos agricultores quando o rio Lek subia o nível.

Valdas Miskinis por Pixabay

Tal processo ainda é realizado, mas no atual cenário com um equipamento mais moderno. Os moinhos permanecem ativos, porém, apenas para visitação. Por sinal, desde 1997 é classificado como um Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

O moinho "De Korenbloem", situado na região da grande Breda, é um dos poucos inseridos em um ambiente urbano. Inaugurado em 1909, é produtor de farinha, mas ficou dezenas de anos inativo até que no fim da década de 1970 passou por uma reforma e atualmente funciona graças ao trabalho voluntário.

Gouwenaar / Wikimedia Commons

A estrutura é aberta ao público aos sábados e oferece a comercialização de farinha. A sua localização é de simples acesso para carro, com estacionamento gratuito nas ruas adjacentes. A região também não costuma ter intensa movimentação e é considerada residencial.

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O moinho “De Put” teve sua construção finalizada em 1987. Foi criado para fabricar farinha para os residentes da cidade de Leiden, função que exerce até os dias atuais. Ele é aberto ao público aos sábados e as pessoas podem comprar misturas para pão e panqueca.

Flickr René Speur

Esta estrutura, à beira do rio Reno, é uma cópia do primeiro moinho erguido em 1619 e como homenagem recebeu o nome do seu dono, Put. Aliás, foi inaugurado na juventude do célebre pintor e artista barroco Rembrandt, que morava do outro lado da margem do rio e nasceu em Leiden.

Em Gouda, conhecida pelo queijo, dois moinhos se sobressaem. Um deles é o “De Roode Leeuw aan de Vest”, o maior da cidade. Sua obra começou em 1727, às margens do canal Turfsingel, e seguiu funcionando até 1920 moendo milho.

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O moinho foi comprado e seria demolido após seis anos, mas o munícipio o readquiriu, mandou restaurá-lo e transformá-lo em monumento. O público pode visitar a estrutura de quinta e sábado, quando há a comercialização de farinha de milho.

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O segundo moinho é o “Molen ’t Slot”, erguido em 1832 no local onde ficava um castelo, próximo ao centro antigo, na muralha da cidade. Um local que se destaca pela exuberância da paisagem.

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“Molen van Piet” é um moinho na cidade de Alkmaar. Inaugurado em 1769 para produzir farinha, está desativado. Passou a pertencer a Cornelius Piet em 1884, permanecendo em sua família por 109 anos. A exuberância de suas lâminas atrai a atenção de moradores e visitantes.

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O “Molende Hoop” pertence ao município de Hellendoorn e sua construção, em 1854, foi planejada para moer grãos e transformá-los em farinha. A fábrica segue em funcionamento, mas não é possível visitá-la. Contudo, há no local uma loja que vende farinha para pão, além de mistura para biscoitos e bolos.

Flickr Gerrit Veldman

A cidade de Goirle abriga o moinho “Molen Wilde”, que também comporta uma usina produtora de farinha de trigo, normalmente par padeiros. Passou por reformas nos últimos anos, já finalizadas. Pode receber visitas quando a bandeira está hasteada.

Flickr Grotevriendelijkereus

“De Valk” é um dos pontos mais conhecidos da cidade de Leiden. É o único moinho que ainda está em pé dos 19 que a região já teve. Finalizado em 1785, substituiu outras duas estruturas semelhantes para moagem de grãos e produção de farinha.

Flickr Ralf Greve

Há 57 anos também funciona como museu. Fica aberto ao público de terça a domingo. No entanto, as escadas são íngremes no interior do moinho, de difícil acesso para pessoas com mobilidade reduzida.

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A capital Amsterdã também tem um moinho. Trata-se do “De Gooyer”, o mais alto construído com madeira no país, com 26,6 metros , além de ser um dos mais acessíveis. A estrutura está tombada como monumento nacional.

Flickr Robert Grant

Ele é o último dos 26 moinhos de milho da muralha de Amsterdã, inaugurado no século 17. Neste período, a periferia da cidade tinha localização privilegiada, graças à forte circulação de ventos. Também foi bastante usado pela Holanda durante a Segunda Guerra Mundial devido à falta de energia.

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Ainda em Amsterdã há o moinho “De Molen van Sloten”, que garante a drenagem de água dos arredores. O primeiro, erguido em 1636, depois foi realocado. Mas a vila de Sloten voltou a ter seu próprio moinho em 1991, um dos poucos em funcionamento e acessível diariamente ao público.

Flickr David van Mil

No “De Molen van Sloten” há informações sobre a história do moinho e a tecnologia utilizada. O local, inclusive, pode ser utilizado como para a realização de casamentos.

A cidade de Haarlem acomoda o moinho “De Adriaan”, que foi aberto em 1779, mas sofreu um incêndio em 1932. Assim, os moradores da localidade fizeram doações para reunir a quantia necessária para reconstruí-lo, o que ocorreu em 2002.

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