Ricaço ‘enterrou’ carro de luxo para incentivar doação de órgãos

Atualmente, milhares de pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 65 mil estão na fila do SUS.

Governo Federal

E conseguir uma doação de órgão não é nada simples. Além de terem que ser analisados fatores como peso, altura e tipo sanguíneo, é a família do doador quem deve dar a palavra final na decisão.

freepik

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a recusa para a doação de órgãos chega a 50% e esse número alto se deve em grande parte à decisão das famílias de não doar.

Piron Guillaume Unsplash

Com o tema em voga nos noticiários, o Flipar relembra hoje uma história para lá de inusitada envolvendo um carro de luxo e doação de órgãos. Ficou curioso? Então confere aí!

Nikolay Tchaouchev Unsplash

Em 2013, o empresário milionário Chiquinho Scarpa decidiu enterrar seu carro favorito, um Bentley Continental, com o intuito de promover a semana de doação de órgãos no Brasil.

reprodução instagram

A história começou quando o empresário anunciou o enterro bizarro em seu perfil no Facebook para uma sexta-feira, às 11h.

reprodução facebook

Na época, um Bentley Continental Flying Spur custava entre R$ 925 mil e R$ 1,075 milhão. Esse é considerado um dos carros mais luxuosos do mundo.

wikimedia commons MrWalkr

Na foto do anúncio, Chiquinho posou ao lado do carro com sua ave de estimação nos braços: “Decidi fazer como os faraós: essa semana vou enterrar meu carro favorito, o Bentley, aqui no jardim de casa!! Enterrar meu tesouro no meu palácio rssss”, escreveu.

reprodução facebook

A princípio, ninguém sabia que se tratava de uma ação em prol da doação de órgãos. Parte da imprensa acreditava que o gesto tinha relação com um documentário sobre os faraós do Egito.

wikimedia commons James Kemp

No Egito Antigo, os faraós eram enterrados juntos com suas riquezas para, segundo eles, ter uma “vida confortável do outro lado”.

Narciso Arellano Unsplash

No fim das contas, o “evento” tinha como objetivo alertar que algo “precioso” não tem valor algum se estiver embaixo da terra, a exemplo do carro "e dos orgãos que não são doados".

pixabay

A campanha tinha como slogan: “Absurdo é enterrar algo muito mais valioso do que um Bentley: seus órgãos”.

Kenny Orr Unsplash

“Com tanta gente esperando por um transplante, você ser enterrado com seus órgãos saudáveis que poderiam salvar a vida de várias pessoas, é o maior desperdício do mundo”, declarou o milionário na época.

reprodução instagram

A “cerimônia” aconteceu no quintal da casa de Scarpa, uma mansão no bairro Jardins, bairro nobre de São Paulo. Até coroas de flores foram colocadas em volta da “sepultura”...

reprodução record tv

O evento reuniu diversos jornalistas de vários veículos de imprensa. Após anunciar o objetivo da campanha, o empresário confessou que o carro não seria enterrado de verdade.

reprodução record tv

"Eu não sou louco: eu não vou enterrar minha Bentley. Eu fiz tudo isso para conscientizar as pessoas de um problema grave, que é a doação de órgãos no Brasil”, revelou.

reprodução instagram

Francisco Scarpa Filho, mais conhecido como "Conde Chiquinho Scarpa", nasceu em setembro de 1951, em São Paulo.

reprodução record tv

Ele nasceu em uma família de industriais ítalo-brasileiros. Seu pai, Francisco Scarpa, foi o fundador da empresa Scarpa, uma das maiores fabricantes de calçados do Brasil.

reprodução instagram

Chiquinho é conhecido por seu estilo de vida luxuoso e extravagante. Ele é dono de uma mansão em São Paulo, uma ilha no Caribe, e um jato particular.

reprodução instagram

Chiquinho Scarpa também é famoso por suas polêmicas. Ele já foi acusado de homofobia, racismo, e até mesmo de tentar matar sua ex-mulher, Ana Carolina Rorato de Oliveira.

reprodução instagram

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país que mais realiza transplantes de órgãos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

jesse orrico Unsplash

Além disso, o Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo. E é bom lembrar: por mais caro que seja, um bem material jamais será equivalente a uma vida.

Engin Akyurt por Pixabay

Veja mais Top Stories