Enchente na Líbia: mais de 5 mil mortes, caos e destruição após tempestade

São ao menos 5.300 mortos e outras 10 mil pessoas desaparecidas, por ora. E os números devem aumentar, de acordo com o ministro da Aviação Civil Hichem Abu Chkiouat, em entrevista à Reuters. 

Reprodução/TV Globo

O cenário caótico aconteceu por conta do rompimento de duas barragens e quatro pontes em Derna, que soma 100 mil habitantes.

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Cerca de 30 mil pessoas estão desabrigadas, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) das Nações Unidas na Líbia.

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A tempestade Daniel atingiu o país no último domingo (10). 

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A tempestade, além de romper represas, também destruiu edifícios e uma onda de lama tem provocado um caos na região.

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O fenômeno é conhecido como"medicane": um furacão do Mediterrâneo.

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A Grécia sofreu com os estragos da tempestade no início de setembro. Na sequência, o "Daniel" chegou à África e avançou para o norte do continente.

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A Líbia fica localizada no norte da África e desde 2011 convive com um caos político e disputa pelo poder. 

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A segunda maior cidade da Líbia, Benghazi também sofreu com a tempestade, assim como outras regiões.

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Relatos de autoridades afirmam que a força da água arrastou imóveis, carros e centenas de pessoas em direção ao mar.

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O Centro Meteorológico Nacional da Líbia afirmou que se trata de um novo recorde de chuvas.

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Os corpos das vítimas, de acordo com informações da imprensa local, começaram a aparecer nas ruas, vales e em cima das construções. 

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Os hospitais da cidade estão lotados. Além das vítimas, há uma intensa procura por pessoas desaparecidas na região. 

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Estima-se que 10 mil pessoas estejam desaparecidas após a tempestade. Apenas dois dos sete pontos de entrada para Derna estão disponíveis.

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O conflito na Líbia: o país foi dividido entre governos adversários depois da queda do ditador Muammar Kadhafi, que ficou 42 anos no poder. 

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A administração reconhecida hoje pela ONU está localizada em Trípoli. Há uma divisão entre leste e oeste. 

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Os dois ministros são: Abdul Hamid Dbeibah (Trípoli) com autonomia na parte oeste. Ossama Hamad (Benghazi) fica com o lado leste.

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Os governos possuem apoio diferentes ao redor do mundo e enfrentam dificuldades para ser unificado. A eleição de 2021 foi marcada, porém, foi adiada.

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