Ex-desafeto de Putin morre após queda de avião na Rússia

Entre os passageiros a bordo estava o líder do grupo de mercenários intitulado “Grupo Wagner”, Yevgeny Prigozhin.

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Prigozhin ficou conhecido por ensaiar um motim contra o governo do presidente russo, Vladmir Putin, no fim de junho.

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Além dele, três tripulantes e outros seis passageiros estavam no avião, incluindo o chefe comandante dos mercenários, Dmitry Utkin.

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Até esta quinta-feira (24/08), as causas do acidente ainda não haviam sido divulgadas.

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Dados de rastreamento da aeronave mostram que o avião não apresentou nenhum problema até 30 segundos antes de começar a cair.

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Um vídeo impressionante compartilhado nas redes sociais mostra o momento exato que o avião sofre uma queda vertiginosa.

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Quem filmou o vídeo afirmou ter ouvido duas explosões antes mesmo da queda, levantando teorias de uma possível bomba ou míssil.

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O modelo do jato era um Embraer Legacy 600, de fabricação brasileira. O avião circulava há 16 anos regularmente e foi adquirido pelo Grupo Wagner em setembro de 2020.

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A aeronave seguia do aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, em direção a São Petersburgo, e caiu próximo à cidade de Tver.

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Segundo Ian Petchenik, da plataforma Flightradar24, que monitora voos do mundo inteiro, o jato sofreu uma queda “vertical descendente repentina”.

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O site informou ainda que o avião realizou uma série de subidas e descidas de milhares de pés por volta das 18h11. Oito minutos, despencou.

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Um canal do Telegram ligado ao Grupo Wagner lamentou a morte do líder e divulgou uma mensagem que fala em "resultado das ações dos traidores da Rússia".

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“O chefe do Grupo Wagner, um herói da Rússia, um verdadeiro patriota de sua Pátria, Yevgeny Viktorovich Prigozhin, morreu como resultado dos traidores da Rússia", diz a publicação.

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Em julho, o mercenário fez uma aparição em um vídeo no qual saudava seus combatentes na Bielorrússia, para onde havia deslocado uma grande força paramilitar como parte de um acordo para encerrar o motim.

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A Agência de Transporte Aéreo Federal da Rússia instaurou um comitê para apurar as circunstâncias da tragédia.

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Investigadores não descartam a hipótese de que o jato tenha tenha sofrido um atentado de origem desconhecida, uma vez que o líder dos mercenários tinha uma lista grande de inimigos.

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Yevgeny Prigozhin realizou trabalhos clandestinos para o Kremlin durante anos, em missões no Oriente Médio e na África. Mais recentemente, o mercenário atuou para Putin na Guerra da Ucrânia.

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Inicialmente formado por ex-soldados de elite, o Grupo Wagner foi fundado ainda em 2014.

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Em junho, após repetidos avisos de que o Exército russo não estava suprindo adequadamente suas tropas mercenárias, Prigozhin liderou uma rebelião contra as forças russas.

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Durante a revolta, os membros da tropa Wagner conseguiram ocupar temporariamente o quartel-general das Forças Armadas no sul da Rússia e avançaram centenas de quilômetros em direção a Moscou.

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O levante chegou ao fim apenas 24 horas depois, com a celebração de um acordo que determinou a transferência de Prigozhin para a Bielorrússia.

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A decisão foi tomada depois que o grupo rejeitou duas outras alternativas: a integração no exército regular ou o retorno à vida civil.

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Nesta segunda-feira (21/08), o mercenário divulgou seu primeiro vídeo desde o levante malsucedido. Nas imagens, Prigozhin diz estar no continente africano.

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