Explosão, ao vivo, estarrece o mundo: quem eram os astronautas da Challenger

73 segundos após a decolagem, a tragédia! A nave se desintegrou numa violenta explosão formando uma gigantesca nuvem de fumaça e deixando a plateia estarrecida. Ninguém acreditava no que estava vendo.

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A nave levava sete astronautas para uma missão que tinha os seguintes objetivos: lançamento de um satélite, transporte de material relacionado a experimentos com o cometa Halley e programas de inserção de estudantes no projeto espacial.

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Por causa do projeto estudantil, a missão tinha a presença da professora Christa McAuliffe, 37 anos. Era a primeira vez que um ônibus espacial transportava alguém que não era astronauta por formação.

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O projeto "Professor no Espaço", anunciado pelo presidente Ronald Reagan (foto), tinha o objetivo de despertar o interesse de estudantes por matemática, ciência e exploração espacial. Formada em História Americana e Estudos Sociais, Christa foi selecionada entre 11 mil professores e, em órbita, daria aulas para crianças.

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O ônibus espacial era comandado pelo tenente-coronel Francis Scobee, 46 anos. Ex-piloto de combate da Força Aérea na Guerra do Vietnã, ele tinha viajado pela primeira vez ao espaço em 1984, na própria Challenger, onde morreria dois anos depois.

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O capitão Michael Smith, 40 anos, era diplomado em Engenharia Aeronáutica e foi designado como piloto na missão espacial do Challenger.

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O engenheiro aeroespacial Ellison Onizuka, 39 anos, já tinha ido ao espaço na nave Discovery, em 1985, e integrou a equipe de apoio em terra de duas missões do Ônibus Espacial Columbia (que viria a explodir também em 2003).

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Formada em Engenharia Elétrica, Judith Resnik, 36 anos, foi a segunda mulher a viajar ao espaço (na Discovery, em 1984). Após a morte no Challenger, ela foi homenageada, dando nome a uma cratera na Lua e a um asteroide (o 3356 Resnik).

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O físico Ronald McNair, 35 anos, tinha doutorado na especialidade e ingressou na NASA em 1978. Ele tinha 191 horas de voos espaciais. McNair também era saxofonista e tinha planejado tocar um solo de saxofone, que seria a primeira peça musical gravada no espaço.

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O engenheiro elétrico Gregory Jarvis, 41 anos, foi capitão da Força Aérea e trabalhou em satélites de comunicações táticas de tecnologia avançada. Ele foi selecionado para ser o especialista de carga do ônibus espacial Challenger.

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Em 2014, fotos que estavam guardadas na casa de um antigo funcionário da Nasa (o empreiteiro Bill Rendle) foram reveladas por seu neto, Michael Hindes. Ao mexer em caixas antigas dos avós, ele se deparou com uma coleção de imagens do desastre (foto).

Reprodução Acervo de Michael Hindes

Após o acidente, as equipes de busca trabalharam por meses para encontrar detritos do ônibus espacial e levar para áreas de represamento no Centro Espacial Kennedy e na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral.

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Usando submarinos, sonares e outros equipamentos para escanear o fundo do oceano, as equipes de busca recuperaram muitas peças do ônibus espacial Challenger.

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Depois que os investigadores concluíram seu relatório sobre o acidente, os destroços foram movidos do Centro Espacial Kennedy para armazenamento permanente em dois silos de mísseis abandonados e seguros na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral.

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Curiosidade: o nome da aeronave foi escolhido em homenagem à embarcação de pesquisa Challenger que navegou pelo Atlântico e pelo Pacífico na década de 1870, com oficiais e cientistas. A missão fez várias descobertas e lançou as bases da Oceanografia, ciência que estuda os oceanos.

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Criado em 1982, o Challenger foi ao espaço 10 vezes ao longo de 3 anos de operação, tornando-se o ônibus espacial com menos missões realizadas. Ele fazia parte de um grupo de 5 ônibus espaciais (sendo que o Columbia também explodiu)

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Um momento histórico do Challenger foi em 7/2/1984, quando Bruce McCandless II (foto) e Robert L. Stewart tornaram-se os primeiros tripulantes de um ônibus espacial a caminharem no espaço, sem estarem amarrados à nave.

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O acidente com o Challenger poderia ter sido evitado. O engenheiro Allan MacDonald havia alertado para o risco de uma explosão. O frio estava tão intenso que havia até formado pedaços pontiagudos de gelo na torre de serviço. Allan sofreu retaliações ao se manifestar contrário o lançamento da aeronave.

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Um foguete acoplado ao ônibus tinha anéis de borracha para vedação que poderiam rachar se estivessem congelados, provocando vazamento do combustível inflamado. Na decolagem, o anel de borracha não resistiu e um jorro de chamas escapou. A explosão de milhões de litros de hidrogênio e oxigênio fragmentou a nave.

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O diretor da missão era Jay Greene (na foto, logo após a explosão). Ele foi envolvido nas discussões se o lançamento deveria ter sido adiado por causa do clima gelado. Após o episódio, aposentou-se como diretor de voo, mas, depois de curto período em estudos sobre a Lua, foi nomeado chefe de Segurança da NASA.

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