
Após mais de um ano em crise financeira, a Polishop , com o nome Polimport, entrou em recuperação judicial. A dívida é de 352,1 milhões de reais. Há pouco tempo, a empresa já havia ajuizado o pedido de uma tutela de urgência cautelar enquanto preparava a formalização da recuperação judicial.
Agora, a justiça irá analisar o pedido de reestruturação. Caso aceite, a empresa entra, de fato, em recuperação judicial e tem suas dívidas congeladas por 180 dias, enquanto prepara um plano de reestruturação. Procurada, a empresa afirmou que só irá se pronunciar após o aceite da justiça.
Atualmente, a Polishop possui 49 lojas físicas abertas em shoppings centers e conta com quase 500 colaboradores, além da atuação no e-commerce e canal de televendas.
No pedido de reestruturação, a empresa alegou que, “mesmo desenvolvendo de forma sólida as suas atividades desde sua constituição, com crescimento gradativo de faturamento, negócios, estrutura e funcionários, algumas mudanças no cenário econômico começaram a interferir sobremaneira na potência da Polimport (Polishop), criando um ambiente de dificuldade econômico-financeira”.
O primeiro desses motivos foi um enfraquecemento do varejo físico entre 2015 e 2019, com o fortalecimento de lojas onlines e marketplaces. A empresa também alegou que a covid-19 e as restrições sanitárias impactaram no negócio da companhia.
De acordo com a empresa, o cenário provocado pela pandemia provocou uma queda de 70% do faturamento da Polimport, além dos aumentos dos custos fixos. Com isso, a empresa passou a atravessar dificuldades de manutenção de fluxo de caixa, sendo necessário sucessivas medidas internas para preservar as vendas e cobrir os custos fixos da requerente. Os shoppings centers não suspenderam a cobrança dos custos operacionais, fazendo com que a requerente adotasse medidas para a manutenção dos pontos comerciais.
Nos últimos dois anos, a empresa de 25 anos fechou cerca de 70% de suas lojas, todas em shoppings centers. O encerramento das operações acarretou aumentou das despesas não recorrentes e a companhia terminou 2023 no vermelho.
Os credores da Polishop são:
Laqus (R$ 52,6 milhões)
BMP Money Plus (R$ 26,6 milhões)
Banco do Brasil (R$ 24,5 milhões)
Bradesco (R$ 11,3 milhões)
Itaú (R$ 9,5 milhões)
Sofisa (R$8,7 milhões)
Banco Safra (R$ 5,1 milhões)
Banco Original (R$ 4,6 milhões)
Daycoval (R$ 4,6 milhões)
Banco Votorantim (3,6 milhões)
*Com informações da Exame/Foto de capa: Divulgação
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