Na entrada de uma unidade de saúde, uma pessoa com dores pode ser apenas mais uma precisando de atendimento. Mas na cidade de Brasiléia, a 230 quilômetros de Rio Branco, uma em específico demandou maior atenção: um paciente deu entrada no Hospital Regional do Alto Acre se queixando de dores com uma garrafa introduzida no ânus no último domingo, dia 19. Medicado, ele precisou ser transferido e, após retirada do objeto, passa bem.
O Governo do Acre, em nota, afirmou que o paciente chegou à unidade de saúde "reclamando de dores, com um objeto na região anal", e que, por conta da complexidade, ele foi medicado e, na segunda-feira, transferido para o Pronto Socorro de Rio Branco, a mais de três horas de carro de Brasiléia.
O item que causou desconforto, identificado como uma garrafa, foi retirado na unidade de saúde da capital. O paciente, que não teve nome e idade revelados, passa bem. Também não foram informados detalhes sobre o material do objeto.
Ainda de acordo com o Governo estadual, o quadro não foi um acontecimento isolado. "Outros casos semelhantes já foram atendidos nas unidades do Acre", concluiu a nota.
Relembre outro caso
Em abril deste ano, também na região Norte do país, um homem de 54 anos introduziu um "peso" de academia (haltere) de dois quilos no ânus e chegou à unidade de saúde com náuseas, vômitos e se queixando de dores abdominais. O caso foi parar na plataforma científica International Journal of Surgery Case Reports (Revista Internacional de Relatos de Casos de Cirurgia, em português), em que foi detalhado o "relato de acidente com inserção de objeto via reto".
O procedimento de retirada do objeto contou com "com dificuldades devido à sua posição", segundo o artigo. Para esse tipo de quadro, detalhou-se que exames de imagem são obrigatórios para o diagnóstico, além de exame de toque retal e avaliação do abdômen.
O altere de metal media 24 centímetros e pesava dois quilos. Após retirada do objeto, o paciente recebeu alta após o 4º dia internado.
O artigo cita ainda que "apesar de ser uma queixa rara na rotina de emergência" esses casos de "corpos estranhos retais têm números crescentes".
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