Em South Shields, na Inglaterra , um homem foi preso após perfurar uma cobra na cabeça com uma chave de fenda e deixá-la cravada no chão até a morte. Michael McCann estava sendo investigado pela Sociedade Real de Prevenção à Crueldade contra Animais (RSPCA) por ter agredido e matado a jiboia-constritora, segundo o jornal The Chronicle.
O homem também teria batido no animal com um extintor de incêndio depois de ela ter o picado na perna, de acordo com ele. McCann foi acusado de violar uma lei do Reino Unido chamada Animal Welare Act (Ato do Bem-Estar dos Animais).
A inspetora da RSPCA, Rachel Hurst, disse que começou a investigar o caso em maio de 2020, após ser alertada da situação em um lar para moradores de rua.
"Quando eu cheguei na propriedade, me mostraram a varanda da frente e lá havia uma cobra que parecia estar morta. Também havia manchas de sangue no tapete. Quando levantei a cobra, sua mandíbula estava cravada no tapete, o que tornou a remoção difícil. Tinha uma ferida aberta na cabeça e ela parecia estar com uma condição corporal ruim", afirmou Rachel.
A inspetora disse que, conversando com moradores do local, ninguém sabia contar com certeza de onde o animal veio, mas a teoria era de que ele teria sido enviado dentro do correio.
"A cobra ficou próxima à porta por dias e ninguém tentou movê-la. Um dia, um dos moradores estava saindo para fazer compras e aparentemente foi mordido na perna. Ele disse que, no dia seguinte, ele passou pela cobra de novo e ela sibilou para ele. Ele a golpeou com um extintor de incêndio e a perfurou na cabeça com uma chave de fenda", disse Rachel.
A mulher levou o animal para o veterinário, que constatou que a cobra já estava enfraquecida antes de ser atacada. A RSPCA acredita que o animal foi abandonado no local ou era de estimação, que fugiu e vagueou por algum tempo.
"Essa pobre cobra já estava em más condições e provavelmente estava extremamente assustada e confusa. Precisava de ajuda, e ao invés disso foi ferozmente atacada, seriamente ferida e deixada para morrer, conforme os veterinários acreditam, uma morte longa e lenta", concluiu Rachel.