Homem pega fogo enquanto caminha pelas ruas de Hull, na Inglaterra
Reprodução/Daily Mail
Homem pega fogo enquanto caminha pelas ruas de Hull, na Inglaterra

Um homem que morreu após pegar fogo no meio de uma rua em Hull, no nordeste da Inglaterra, pode ter sofrido um fenômeno conhecido como " combustão espontânea ". A vítima, que não foi identificada, chegou a ser socorrida pelos serviços de emergência por volta das 20h dessa quarta-feira (27), mas acabou morrendo no local. O caso segue sendo investigado.

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A polícia de Humberside, município de Hull, não soube informar se o rapaz ateou fogo no próprio corpo ou se o fogo foi causado por outros meios. Entretanto, ressalta não haver o envolvimento de mais pessoas no incidente.

“Ouvimos relatos de que uma pessoa estava em chamas na Thanet Road, em Hull. Fomos até o local junto com a ambulância e com os bombeiros, onde encontramos um homem com queimaduras graves. Não houve mais vítimas no incidente”, afirmou o detetive e superintendente da Polícia de Humberside, Dave Wood, ao Daily Mail .

Combustão espontânea?

O caso desta quarta-feira ocorreu somente duas semanas depois de um idoso ficar em chamas enquanto caminhava por uma rua, no norte de Londres. Testemunhas alegam que John Nolan, de 70 anos pegou fogo em Haringey no meio do dia, e que tentaram socorrê-lo antes de acionar a polícia e os bombeiros.

O trabalhador de construção civil nasceu em Mayo, na Irlanda. Ele foi levado para o ambulatório Broomfield em Chelmsford, por uma ambulância aérea, mas faleceu no dia seguinte. Cerca de 65% de seu corpo foi afetado por queimaduras de terceiro grau.  

Pesquisadores e especialistas da Brigada de Bombeiros de Londres não conseguiram encontrar nada na cena que teria provocado um incêndio, porém investigadores apontam a possibilidade de combustão humana espontânea como uma explicação lógica para o caso e para situações onde pessoas parecem explodir em chamas sem nenhuma causa externa.

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Aproximadamente 200 casos desse tipo foram documentados ao longo da história. Geralmente as vítimas são idosas, doentes ou estão sob influência de álcool. Em novembro de 2015, espectadores horrorizados viram uma mulher de 40 anos entrar em chamas após sentar em um banco em Flensburg, no norte da Alemanha. Ela foi levada para o hospital em estado grave, porém conseguiu sobreviver.

“Teoria do pavio”

A morte de Michael Faherty, de 76 anos, em Galway, na Irlanda, em dezembro de 2010 foi a primeira ocorrência em 25 anos em que a combustão espontânea foi comprovada. O médico legista que atendeu Faherty alegou que a lareira da sala não teve relação com a morte do idoso. Equipes de investigação também não encontraram o que teria provocado o incidente.

Entretanto, o primeiro relato conhecido de combustão espontânea partiu do anatomista dinamarquês Thomas Bartholin, em 1663. Ele descreveu o caso de uma mulher em Paris, que ardeu em chamas enquanto dormia em um colch ão de palha. Ele assegurou em seu depoimento que pôde-se ver que o fogo vinha da pessoa e não do colchão, como muitos acharam na época.

Para explicar o fenômeno misterioso cientistas criaram a "teoria do pavio", que procura  mostrar o corpo humano se tornando uma vela "de dentro para fora". As roupas funcionam como um pavio, enquanto a gordura corporal é a cera ou substância inflamável potencializadora do incêndio.

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Os membros podem ficar intactos ao fogo devido as variáveis temperaturas, sendo a metade inferior mais frágil do que a superior. É importante ressaltar que a combustão não é considerada "espontânea", se há fatores e elementos externos , como um cigarro.

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