
O governo israelense realizou uma ofensiva preventiva contra o Irã, de acordo com informações publicadas pelo The Times of Israel nesta quarta-feira (12).
Em resposta à ação militar, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência em todo o território do país, prevendo possíveis ataques com mísseis e drones por parte do Irã.
Fontes do Exército disseram ao The Times of Israel que a ação contra o Irã deve durar ''vários dias''.
Katz afirmou ter assinado uma ordem especial para colocar a retaguarda civil sob regime emergencial.
“Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, espera-se um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil nas próximas horas” , declarou o ministro, segundo o portal israelense.
Com a escalada da tensão, sirenes de alerta foram acionadas em várias regiões de Israel, indicando risco iminente de bombardeios. O país se prepara para uma resposta iraniana ainda na madrugada desta quinta-feira (13).
O ministro pediu que a população siga as orientações do Comando da Frente Interna e das demais autoridades, permanecendo em áreas protegidas até novo aviso.
Segundo as autoridades militares israelenses, dezenas de alvos ligados à infraestrutura nuclear do Irã, além de outras instalações militares, estão sendo bombardeados pela Força Aérea do país.
A operação recebeu o nome de “Nação de Leões” e, de acordo com os militares, tem como objetivo neutralizar o que classificam como uma ameaça iminente.
Segundo avaliação das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), o Irã possui quantidade suficiente de urânio enriquecido para fabricar diversas bombas nucleares em poucos dias, o que justificaria a ação preventiva.
Ao The Times of Israel , oficiais das IDF afirmaram que ''ao final da operação, não haverá mais ameaça nuclear''.
Mais um capítulo entre Israel x Irã
A ofensiva marca mais um capítulo na longa disputa entre Israel e Irã, acirrada desde o ataque do Hamas ao território israelense em outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
O Irã, que não reconhece o Estado de Israel e mantém apoio a grupos armados como o Hezbollah e o próprio Hamas, tem reagido a operações israelenses contra seus aliados na região.
Israel, por sua vez, considera o Irã uma ameaça estratégica, especialmente devido ao seu programa nuclear e ao financiamento de milícias hostis.