Javier Milei em encontro com Papa Francisco
Reprodução
Javier Milei em encontro com Papa Francisco



O presidente da Argentina, Javier Milei, prestou homenagem ao Papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, no Vaticano. Em comunicado oficial, o governo argentino decretou sete dias de luto nacional e expressou condolências à família Bergoglio. “Faleceu hoje e já descansa em paz”, escreveu o mandatário nas redes sociais.

A nota divulgada pela Casa Rosada destaca que Francisco foi o primeiro argentino a liderar a Igreja Católica e que conduziu o pontificado com “entrega e amor”. O texto ressalta ainda o empenho do papa em defender a vida desde a concepção, promover o diálogo inter-religioso e incentivar a espiritualidade entre os jovens. Também foram citadas as medidas de austeridade que ele aplicou no Vaticano.

Em sua homenagem pessoal, Milei afirmou que, apesar das divergências que hoje “resultam menores”, foi “uma verdadeira honra” ter conhecido o papa “em sua bondade e sabedoria”. E completou: “Como presidente, como argentino e, fundamentalmente, como um homem de fé, me despeço do Santo Padre e me uno a todos que hoje se encontram com esta triste notícia”.

A relação entre Milei e Francisco foi marcada por altos e baixos. Durante a campanha presidencial, o então candidato chegou a chamar o papa de “representante do maligno na Terra”. Meses depois, reconheceu o erro: “Me equivoquei. Por mais que tenhamos visões diferentes, aquilo que eu disse foi exagerado”.

O reencontro entre os dois ocorreu no Vaticano, em fevereiro do ano passado, pouco tempo após a posse de Milei. A audiência privada durou 70 minutos e, segundo o presidente, foi marcada por um diálogo direto sobre a crise argentina, os mais pobres e os caminhos para o crescimento produtivo. “Nem tomamos um copo d’água”, disse ele sobre o encontro.

Cristina Kirchner também se pronuncia

Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, também se manifestou sobre a morte do Papa Francisco.

Nas redes sociais, Kirchner relembrou o primeiro encontro que teve com o pontífice já eleito, em março de 2013. À época, ela ocupava a presidência do país. 

Ao encontrá-lo, Kirchner disse a Francisco que, assim como ocorreu com Megafón (do livro, Megafone, ou a guerra), ele enfrentaria batalhas celestiais. Na publicação, a política conta que, ao ouvi-la, Franscico riu e respondeu: ''é meu livro preferido, gosto muito do Marechal (Leopoldo Marechal, autor argentino)''. 

Kirchner também disse que o pontífice foi ''o rosto de uma Igreja mais humana, com os pés na terra, sem deixar de olhar o céu''. 


Papa Francisco morreu um dia depois de sua última aparição pública, durante a celebração da Páscoa, quando falou da importância da paz e do desarmamento global. A notícia foi anunciada às 7h35 no horário local (2h35 em Brasília), por meio de um comunicado oficial do Vaticano. “Toda a sua vida esteve dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja”, declarou o cardeal Kevin Farrell.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!