A manhã desta segunda-feira (21) foi marcada pelo falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos. O papado do argentino Jorge Mario Bergoglio focou nos pobres, na busca por reformas e na capacidade de se conectar com diferentes culturas. A habilidade linguística do pontífice, que falava oito idiomas, pode ter sido parte essencial dessa conexão.
Nascido em Buenos Aires, o espanhol era a língua materna de Francisco, e muitas homilias e discursos espontâneos foram falados no idioma. Com forte ascendência italiana, e sendo líder da igreja residindo no Vaticano, Papa falava o italiano com a fluência de um nativo, sendo este o idioma principal de seu trabalho. Muitos o consideravam sua segunda língua principal.
O pontífice tinha conhecimento do piemontês, dialeto da região de origem de sua família na Itália. Sua proximidade com a América Latina e visitas marcantes, como a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, evidenciaram outro idioma falado pelo Papa, o português.
O pontífice também se comunicava em francês e alemão, idioma que chegou a estudar mais a fundo durante um período na Alemanha antes de seu papado. Embora talvez com menos frequência em público, ele também compreendia e falava inglês.
Completando o repertório está o latim, a língua oficial da Santa Sé, essencial para documentos e liturgias mais formais da Igreja Católica.
A capacidade multilíngue não era apenas um detalhe biográfico, mas uma ferramenta poderosa em seu ministério, permitindo dialogar diretamente com fiéis, clérigos e líderes em diversas partes do mundo, derrubando barreiras e reforçando sua imagem de um pastor universal.