O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas recíprocas em 2 de abril de 2025
Brendan Smialowski/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas recíprocas em 2 de abril de 2025

Em meio à escalada de uma "guerra" comercial contra a China, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (8) que o país asiático sempre "passou a perna" nos norte-americanos e que, agora, fará o mesmo.

"Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Vamos agora passar a perna neles. Tem que dar o braço a torcer. Eles estão manipulando a moeda hoje como uma forma de compensar as tarifas", afirmou Trump em um jantar do Comitê Nacional Republicano para o Congresso.

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A fala do mandatário se refere à tarifa adicional adotada pelos Estados Unidos sobre produtos da China, que totalizou uma alíquota de 104%. Nesta quinta (9), o Ministério das Finanças chinês anunciou outra retaliação contra o "tarifaço" de Trump: uma alta de 50% sobre as importações americanas que, somada aos 34% adotados na sexta, chega a 84%.

Pequim criticou a fala de Trump, e o acusou de "bullying econômico" e "atos intimidatórios".

"Os EUA continuam a abusar das tarifas sobre a China. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tais atos hegemônicos e de bullying", disse o ministro das Relações Exteriores chinês.

O porta-voz também disse que o país asiático vai "lutar até o fim" contra a ofensiva protecionista do republicano.

"Se os EUA realmente desejam abordar as questões por meio do diálogo e da negociação, devem demonstrar uma atitude de igualdade, respeito e benefício mútuo. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra tarifária e comercial, a China continuará a responder até o fim", completou.

Países tentam negociar com Trump

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Ainda no evento desta terça (8), Trump afirmou que líderes mundiais estão “puxando seu saco” para tentar negociar as tarifas recíprocas, anunciadas na última quarta-feira (2). Ao todo, 180 países foram taxados entre 10% e 50% - entre eles, o Brasil.

“Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo'”, disse o republicano.

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