(Arquivo) O premier de Israel, Benjamin Netanyahu
Ohad Zwigenberg
(Arquivo) O premier de Israel, Benjamin Netanyahu

O governo israelense aprovou na madrugada deste sábado (18, data local) o plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que prevê a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos, segundo um breve comunicado do Executivo.

O site Axios confirmou que 24 ministros votaram a favor, enquanto oito foram contrário a decisão.

"O governo aprovou o plano de libertação de reféns", afirma o texto publicado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. "O plano de libertação de reféns entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro de 2025", acrescenta.

O gabinete de segurança israelense chegou a recomendar a aprovação do acordo, após o primeiro-ministro  Benjamin Netanyahu ameaçar voltar atrás na trégua por conta da negociações sobre os reféns.

Acordo entre Israel e Hamas

Especialistas confirmam que o acordo foi um grande desafio para Netanyahu. Membros da linha-dura pressionaram o comandante contra o cessar-fogo, já que consideraram o cessar-fogo como uma derrota para o Estado de Israel.


Quase cem reféns do Hamas, sequestrados em 7 de outubro de 2023, seguem sob o poder do grupo. O acordo prevê o fim da manunteção da prisão destas pessoas. Do outro lado, Israel tem que libertar centenas de palestinos presos e interromper os bombardeios na Faixa de Gaza.


Cessar-fogo


Depois de mais de um ano de guerra na Faixa de Gaza, que resultou em 48 mil mortes, Israel e o Hamas firmaram um acordo de cessar-fogo. A negociação, mediada por Catar, Estados Unidos e Egito.

Na primeira etapa do acordo, com duração de 42 dias, Israel se compromete a libertar cerca de mil prisioneiros palestinos em troca de 33 reféns mantidos pelo Hamas desde outubro de 2023. A liberação dos cativos ocorrerá de forma escalonada, começando no domingo, quando três reféns devem ser devolvidos. Na última semana dessa fase, o número de libertados subirá para 14, somando um total de 98 reféns ainda retidos, entre vivos e mortos.

Outro ponto relevante do cessar-fogo é a previsão de que moradores do norte de Gaza possam retornar para suas casas após o 22º dia de trégua. As Forças de Defesa de Israel (FDI) deverão iniciar a desocupação gradativa da área, que foi uma das mais impactadas pela guerra. Paralelamente, a segunda etapa do plano de paz será discutida a partir do 16º dia de cessar-fogo.

O pacto também prevê que os prisioneiros palestinos libertados sejam enviados para Gaza, Catar ou Turquia. As negociações para o acordo estavam em andamento desde agosto de 2024, enfrentando impasses, como acusações de Netanyahu ao Hamas por não aceitar todos os termos inicialmente propostos.

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