Saiba quem é o jovem preso suspeito de assassinar CEO de seguradora de saúde nos EUA

Luigi Mangione não foi acusado de assassinato, mas foi detido em um restaurante McDonald’s em Altoona, Pensilvânia

 Luigi Mangione, suspeito de matar CEO
Foto: Luigi Mangione/Facebook
Luigi Mangione, suspeito de matar CEO

O Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) identificou Luigi Mangione , de 26 anos, como o suspeito preso nesta segunda-feira (9) em conexão com o assassinato de Brian Thompson , CEO da UnitedHealthcare , morto a tiros na semana passada.

Mangione não foi acusado de assassinato, mas foi detido em um restaurante McDonald’s em Altoona , Pensilvânia  como principal suspeito do crime.  

Segundo o portal norte-americano New York Post, Ele foi pego com uma arma que usa balas de 9 mm, um silenciador, um passaporte dos EUA, quatro identidades falsas com nomes usados durante a passagem do assassino pela cidade de Nova York e o manifesto, disseram fontes.

Natural de Towson, Maryland, e com último endereço registrado em Honolulu, Havaí, Mangione carregava uma identificação falsa em nome de "Marc Rosario", o mesmo nome ligado a um homem considerado “pessoa de interesse” no caso. A polícia confirmou que ele se hospedou em um albergue de Manhattan usando essa identidade.  

Gênio da tecnologia 

De acordo com o New York Post, Mangione é conhecido por seu ativismo anticapitalista na internet, onde frequentemente citava Ted Kaczynski, o "Unabomber". Em suas redes sociais revelam interesses variados, incluindo alimentação limpa, críticas à tecnologia e reflexões sobre autoaperfeiçoamento.  

O portal norte-americano destaca que Mangione, aparentemente, odiava a comunidade médica por causa de como tratava seu parente doente.

Mangione também era ativo em plataformas de jogos como o Steam e co-fundou um clube de desenvolvimento de videogames na Universidade da Pensilvânia, onde se formou em engenharia e ciência da computação.  

Em seu Instagram, ele se descreve como um "buscador da verdade" e "quebrador do sistema". Uma de suas publicações dizia: “Vou tomar as coisas em minhas próprias mãos enquanto o mundo faz vista grossa. Assista ao desenrolar das consequências.”  

 Prisão e evidências  

Embora ainda não tenha sido formalmente acusado do assassinato de Thompson, Mangione foi detido por posse de uma arma fantasma, provável fabricação em impressora 3D, que usava munição de 9 mm e estava equipada com um silenciador. Além disso, portava quatro identidades falsas, um passaporte dos EUA e um manifesto escrito, conforme fontes policiais.  

O manifesto de duas páginas e meia inclui citações do "Unabomber" e expressa insatisfação com a "América corporativa". Segundo o chefe de detetives do NYPD, Joseph Kenny, o documento faz duras críticas às empresas de saúde, acusando-as de priorizar lucros sobre o cuidado com pacientes.  

Fontes policiais sugerem que Mangione tinha um motivo pessoal para sua má vontade em relação à comunidade médica, ligado ao tratamento de um parente doente. Registros de obituários indicam que ele perdeu os avós em 2013 e 2017.  

Histórico e carreira  

Mangione estudou na Gilman School, em Baltimore, em 2016, onde foi orador de sua turma. A mensalidade do colégio só para meninos era de quase US $ 40.000 dólares por ano (aproximadamente  R$ 243 mil por ano na cotação atual). 

Como orador, ele disse que planejava buscar um diploma em inteligência artificial, com foco nas áreas de ciência da computação e ciência cognitiva na Universidade da Pensilvânia, de acordo com uma entrevista ao Baltimore Fishbowl, onde concluiu o seu bacharelado em 2020.

Seu perfil no LinkedIn afirma que ele trabalhou como engenheiro de dados na empresa TrueCar, informação que ainda não foi confirmada pelas autoridades.  

Durante o ensino médio, em 2014, ele trabalhou brevemente em uma casa de repouso para idosos. Esse histórico de trabalho aparece em seu perfil profissional, mas ainda não foi relacionado diretamente ao caso pelas investigações.  

Mangione também concluiu um mestrado em Engenharia (MSE), Ciência da Computação e da Informação na Universidade da Pensilvânia. O seu perfil da internet indica que ele é engenheiro de dados em uma empresa automobilística com sede na Califórnia, embora liste sua casa atual como Honolulu, no Havaí.

Segundo o New York Post, as investigações seguem em andamento, enquanto a polícia analisa as evidências apreendidas e tenta conectar Mangione ao assassinato de Brian Thompson.